sexta-feira, 10 de maio de 2013

Greve dos professores em SP

Sob vaias e pedaços de pau, Bebel sai
escoltada pela PM no vão livre do MASP 




Professores da rede estadual de ensino se revoltaram com a traição da “direção” da APEOESP e reagiram com muitas vaias, pedaços de madeiras, garrafas d'agua e etc. atirado no carro de som, onde estavam os diretores da APEOESP (dentre eles a presidenta Maria Izabel “BEBEL”) enfrentaram os policiais, que foram chamados pelos pelegos para dar proteção contra a fúria dos professores. Bebel saiu sob escolta policial, da assembleia do dia 10 de maio, depois de não acatar a decisão da maioria no vão livre do MASP e decretar o fim da greve. O encaminhamento da assembleia contou com as falas de vários representantes e dos mais de 13 honradores, apenas quatro se colocaram a favor da categoria e pela continuidade da greve, deixando claro à categoria a servidão da "direção" do sindicato e o golpe, pois ao ser colocado em votação quase que a totalidade dos que estavam em cima do carro de som, votaram pelo fim da greve, contrariando a esmagadora maioria dos professores que contava com mais de 5 mil presentes.
PM ataca os manifestantes

Manifestantes não recuam e enfrentam a PM
A partir dai o que se viu foi o enfrentamento e a policia militar partindo pra cima dos manifestantes que não recuaram e enfrentaram com bravura e determinação. Dois professores foram detidos e houve muitas agressões, mas seguiram marchando pela Avenida Paulista com destino a Praça da República, lá um grupo composto por membros ligado ao PSTU, PSOL, LER-QI, Oposição Alternativa entre outros se posicionaram de frente a Secretaria de Educação, fizeram suas agitações e decidiram realizar uma concentração para o dia 17 de maio. Outro grupo formado por vários professores independentes, a oposição Educadores na Luta e PCO foram para frente da sede da APEOESP tentar tomar o sindicato e exigir da “direção” uma explicação, já que a mesma não acatou a decisão da maioria.

Na porta da APEOESP, se depararam com um forte aparato policial, mas não se intimidaram, fizeram várias denuncias e demonstraram indignação, com o fato da sede do sindicato deles estar sendo guardada pela PM. Após um tempo, forçaram os mesmos a deixarem uma comissão composta por professores entrar para falar com a “direção” da APEOESP. Durante o período que a comissão estava lá dentro, os professores esfregavam na fuça dos policiais, suas identificações apontando que aquele prédio é bancado por eles, inclusive os salários da PM, dizendo que os policiais estavam ali defendendo a instituição e não o indivíduo e que eles queriam passar. A comissão foi recebida por quatro membros da diretoria sem poder de decisão, pois segundo eles a Bebel e o resto da diretoria haviam retornado para suas cidades, afirmando que a Bebel já havia ido para Piracicaba. O que foi vaiado pelos presentes.

A comissão decidiu convocar uma nova concentração na próxima terça-feira 14 de maio às 17 horas na frente da APEOESP, para decidir os rumos da categoria e exigir que a “direção” revogue sua posição e reconheça a decisão da maioria da categoria, o que foi aprovado por unanimidade pelos presentes. Seguido como uma proposta de apoio aos professores municipais em sua assembleia que ocorrerá no mesmo dia às 14 horas de frente a prefeitura e de lá convoca-los para apoia-los às 17 horas.

Bebel e a “direção”, já ensaiavam o golpe desde a votação do local da assembleia, até o seu posicionamento de limitar-se em querer atacar a oposição ao invés de fazer as denuncias de sofrimento da categoria “O” e a falta de condições adequadas de trabalho da categoria. Na frente da Secretaria de Gestão e na Secretaria de Educação, sua postura em ficar rebatendo a oposição, preocupada com o seu cargo que esta balançando, vem favorecendo o gerente Geraldo Alckmin, além de criar uma divisão na luta. Também deixou claro aos municipais, que o municipal é o municipal e o estadual é o estadual. De forma taxativa finaliza com ar de favor “Mas... nos solidarizamos aos professores municipais.” Nessa frase, se vê que falou por falar, principalmente a voltar atacar a oposição e os que vaiavam o seu comportamento, dando por encerrada a assembleia.

Os acontecimentos patrocinados por essa “direção”, mostra aos professores, que precisa mais do que nunca varrer com essa pelegada e construir um sindicalismo classista e combativo, que respeite realmente os anseios da categoria e que a maioria decida os rumos da luta dos professores.

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