Diante dos últimos acontecimentos, a FIFA e a NIKE, coloca o seu boneco de ventrículo, para falar em nome do Conselho Administrativo COL, sobre os gastos que estão sendo feitos para a realização da Copa de 2014 no Brasil. Ele como muitos outros, sempre se esquecem de onde vieram e de suas histórias, pois não basta parecer humilde e fazer pose para jornalistas, tem de ter peito para encarar de frente a situação, sem se vender para o sistema. Ronaldo, que aliás contava uma história, de que não ficou no Flamengo, por não ter dinheiro para pagar a passagem, agora vem com essas pérolas? Ele quer agradar a quem? Com certeza não é o povo, que não tem onde morar, sofrem com os abusos da repressão e assistem a farra com o dinheiro público, que constrói estádios luxuosos, enquanto não há hospitais, escola e um transporte decente. Já a presidenta, com uma fala "pomposa", para se cacifar vem falar do seu passado? Francamente o povo brasileiro está nas ruas contra tudo isso e responde ao Ronaldo: "Saúde, Moradia, Escolas e etc.". Já, quanto a resposta sobre o pronunciamento da presidenta, vejam o que os camponeses pobres, estão sofrendo, os povos nativos e ribeirinhos e quanto ao seu "glorioso" passado político, perguntem aos que militaram com ela, já que li em alguns artigos, que ela delatou seus companheiros, um deles foi o recém falecido Diniz Cabral Filho, que morreu afirmando isso.
“Do rio que tudo arrasta se diz violento, porém ninguém diz
violentas as margens que o comprimem.”
Bertold Brecht
Com essa frase de Bertold Brecht,
talvez possamos explicar a fúria que toma conta do país, nas manifestações
populares. Os monopólios de imprensa, “jamais conseguirão”, simplesmente, por estarem
intimamente ligados na defesa dos que represaram essa grande massa, por todo
esse tempo. Temei defensores da grande burguesia e do latifúndio, pois as massas e que
fazem a história e agora que descobriram seu poder, se coloca em marcha contra
tudo e todos que a reprime.
Os ataques aos partidos
políticos, claramente mostra a insatisfação com esse pleito eleitoral
manipulado, que serve só para referendar qual o grupo de burguês/latifundiário
irá explorar o povo por determinado período. A burguesia para se manter no
poder, se utilizou de toda a violência (veja a comuna de Paris), quando o povo
se levantou e cobrou o que lhe era devido, a burguesia matou mais de 20 mil
pessoas e consolidou o seu domínio no velho Estado. A comuna de Paris, serve de
marco, pois além de mostra toda a violência do Estado burguês, dar-nos um
grande exemplo de que não devemos nutrir nenhuma ilusão às leis da burguesia e
do latifúndio. Os monopólios de imprensa, clamam por “PAZ”, mas onde estão
esses clamores, quando uma mãe chora a perda de seu filho nas violentas e
sanguinárias ações policiais, nas vilas e favelas, ou então, choram a morte na
fila do SUS.
Poderão dar diversas explicações,
os tecnocratas e defensores desse velho Estado, mas só farão análises
superficiais, pois falar da fome, muitos podem, porém sentir seus efeitos, só
os que passam fome é que pode saber, por isso as massas em fúria nas cidades
brasileiras, se levantam contra toda a opressão que vem sofrendo e por isso não
as classificamos como “vândalos” ou “arruaceiros”. A burguesia e os latifundiários,
estão sentindo que terão de abrir mão de alguns direitos, por isso os
monopólios de imprensa, estão doidos, tentando achar uma forma de conter as
ondas de protestos. Falam em manifestações pacíficas e dão exemplos de
civilidades, mas se esquecem de que essa massa em luta, é aquela massacrada a
séculos nas periferias das grandes cidades e principalmente a que esta sendo
desalojada para dar lugar aos projetos da Copa de 2014, é aquela que não aceita
o massacre do Estado contra os povos nativos, ribeirinhos e camponeses, é a que
está sendo expulsa do mercado de trabalho, pelos altos preços de passagens e
etc..
O Protesto Popular, saúda todos e
todas, que estão em luta, pois não acreditamos que só pressionando através da
internet, ou com petições na justiça é que vamos conseguir alguma coisa. Só a
luta, sem ilusão alguma é que conquistará vitórias, achamos que este modelo de
dominação, esta caduco e deve ser destruído e construído em seu lugar O PODER
POPULAR, onde o povo é que decide o que deve ou não fazer e é isso que eles
temem, pois a burguesia e o latifúndio, veem o seu fim se aproximando e por
isso imprimem toda a violência para se manterem no poder (respaldado por suas
leis), o povo deve aprender a exercer o Poder Popular, por isso, essa luta tem
ganhado proporções gigantescas e os
gritos de que o povo acordou, ecoa por todo o canto e os que acreditam na força
criadora do povo, deve exaltar o mais alto essa luta, que não deve esfriar,
enquanto não derrubar toda essa ordem de coisa e estabelecer uma Nova e
Verdadeira Democracia.
Os protestos que estão ocorrendo no
país, estão tomando proporções gigantescas, colocando em xeque as gerencias
municipais, estaduais e federal. Mesmo tentando disfarçar, eles não conseguem, venderam uma imagem fictícia de um Brasil pacato e de um povo alienado em
futebol e samba, enquanto eles mandam e desmandam. Nesses últimos dias a
população brasileira, vem tomando as ruas das principais capitais contra o
aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem, porém há muito mais para cobrar
dessa canalha, que tem saqueado o povo durante os tempos.
A juventude do “facebook”, pode sentir
o gosto de estar nas ruas, lutando contra o que acha injusto e com isso,
conseguem colocar milhares de pessoas em marcha em um curto espaço de tempo.
Por isso a grande mídia, inicia a sua manipulação e busca dividi-los em grupos:
pacíficos e não pacíficos, para tentar capitalizar a simpatia de alguns, já que
ao chegarem nos atos que ocorrem, são expulsos pelos manifestantes.
Os crescentes atos, é a prova cabal
de que é justa a rebelião popular, nessa segunda-feira dia (17), só São Paulo e
Rio de Janeiro, colocaram em marcha mais de 200 mil pessoas, sem falar no nó
que deram nas capitais, da mesma forma em mais de 11 estados e várias cidades,
totalizando um número incalculável de manifestantes. O fato de São Paulo ter
feito uma gigantesca manifestação sem incidentes graves e apenas um início de
enfrentamento de frente com o Palácio do Governo, não o diminui de outros que
houve enfrentamento em particular no Rio de Janeiro, onde houve uma verdadeira
guerra popular.
O fato de São Paulo ter feito um
ato pacífico, foi por que a PM paulista, não quis pagar pra ver e acompanhou a
manifestação de longe, após o desastroso e covarde ataque no dia 13 na Rua da Consolação. No Rio de Janeiro, a população carioca e
principalmente a juventude, carrega dentro de si todo o ódio de classe (não que as outras capitais não carregue), contra
o aparato repressivo do Estado, pois sofrem com as remoções e com a onda de “pacificação”
e implantação de UPP em vilas e favelas e segundo informações tem reprimido com
rigor e requinte o povo pobre.
A grande mídia e seus comentaristas fantoches, tentam fazer uma média com o povo, mas por traz de suas analises, sempre busca direcionar as revoltas para a conciliação e pacifismo, que os movimentos não
conseguem manter, por estarem de frente a um fenômeno social, que vai além de
um aumento de tarifas. Por isso, cabe aos grupos organizados entender que há
sim a necessidade de centralizar o comando das manifestações e como a massa é
que faz a história, não deve ser cavalgadas por partidos oportunistas e
eleitoreiros, é um erro fazer coro ao pessoal da direita e sair gritando que “O
POVO UNIDO, GOVERNA SE PARTIDO”, pois é isso que eles querem, nos dividir e
deixar-nos sem rumo. Sabemos que nenhum desses partidos eleitoreiros nos representa,
mas não podemos ser apartidários, pois isso é aceitar que a burguesia e
latifundiário que já tem o seu Estado estabelecido com todo o aparato, jurídico
e repressivo, continuem dando a carta e que volte com o tenebroso tempo de
ditadura fascista e que em São Paulo, já teve manifestação defendendo os
canalhas, além dos pronunciamentos dos “gorilas de pijamas” no Clube Militar do
RJ recentemente.
Temos de construir um novo caminho
e uma revolução de nova democracia, que não será através dos votos e das
ilusões parlamentares. Outro fato, é que uma juventude, “apartidária”, pede
para alguns manifestantes do PSTU, PCO e PCB baixarem suas bandeiras, mas em
seguida entoaram o hino nacional, dando ar de patriotismo. No meu ponto de
vista, essa luta esta se dando no Brasil e com o povo brasileiro nas ruas e
esta tendo uma repercussão internacional, por tanto se há um hino a ser
entoado, esse hino é A Internacional, entoado em todos os idiomas e enquanto o
hino Nacional fala em: “Deitado eternamente em berço esplendido...” a
internacional inicia, com um chamado “De pé ó vitimas da fome. De pé famélicos
da terra. De pé, de pé não mais senhores. Se nada somos em tal mundo, sejamos
todos ó produtores....”
Violência policial em São Paulo contra manifestantes, provoca indignação,
revolta e um justo apoio à causa
A cada notícia que chega (mesmo na mídia burguesa), mostra o
crescente apoio popular aos justos protestos que ocorrem pelo país,
principalmente a luta pela redução da tarifa, que em 2013, vem abalando os
alicerces dessa sociedade podre e o arremedo de democracia, que fazem questão
em afirmar que vivemos em um “Estado
Democrático de direito”. Diante
desses últimos acontecimentos, acompanhamos que o povo já esta cansado de
esperar pelos políticos e autoridades, que sempre prometem, mas que nada fazem.
Pelo visto, o povo acordou e esta determinado em buscar tudo que é seu.
A luta pela redução da tarifa, está despertando a consciência
do povo e com isso aumentando ainda mais o temor e o ódio da burguesia e do latifúndio,
que buscam todos os parâmetros dessa lei burguesa/latifundiária para
criminalizar os movimentos sociais e a clamarem a volta de tempos tenebrosos 64/85(vejam
os pronunciamentos dos gorilas de pijama do Ciclo Militar). Estão deitando e
rolando e continuam dando as cartas, principalmente sob as asas do
gerenciamento Rousseff, que outrora foi uma “revolucionária” e “subversiva”,
hoje divide o mesmo espaço com eles. Muitos dos políticos que aí estão, fizeram
parte das históricas manifestações contra a ditadura militar e hoje, sob o manto desse velho Estado que deve
ser destruído, ele s fazem o contrario e aperfeiçoam ainda mais as forças de
repressão (veja a criação da Força Nacional, criação da GCM e um grupo de elite
na PF, além do aparelhamento e da ABIN), longe de “defender” a ordem, são utilizados
na repressão contra operários, camponeses, povos nativos, ribeirinhos e
movimentos sociais (vejam greves nas obras do PAC, desocupações tanto no campo
quanto na cidade, seguidas de prisões, torturas e mortes), acobertados pelo
monopólio da imprensa, o que fica mais difícil esconder, já que as repressões
violentas aos manifestantes pela redução das tarifas em 9 cidades do país, são
divulgadas quase que em tempo real na mídia independente e até mesmo nas
convencionais.
Diante dos últimos fatos, foram obrigados a divulgarem dados
mais próximos da realidade, mesmo que ainda cheios de veneno. O programa da
Band apresentado por José Luiz Datena, fez uma enquete para querer saber a
opinião popular e teve o que já sabíamos: Apoio da maioria no universo de
3.094, 2179 pessoas (58%) disse SIM e
915 disseram NÃO (42%), olha que
esse programa cumpre o papel de defensor dos abusos da PM. A Folha de São
Paulo, destacado veículo de comunicação e um dos mais lidos no país, talvez por
conta de ter tido seus profissionais violentamente atacados. Dos 15 jornalistas
que ficaram feridos 7 eram da Folha de S. Paulo.
Enquanto isso, os gerentes Alckmin e Haddad insistem em manter
essa política de favorecimentos da máfia do transporte e repressão ao povo. Na sexta-feira
o gerente Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Grella Vieira - Secretário de Estado
da Segurança Pública e o coronel Benedito Roberto Vieira – Comandante-geral da
Policia Militar de SP, defenderam a truculenta ação da PM a ponto do Secretário
Grella Vieira afirmar que “A PM cumpriu seu papel de procurar preservar a ordem
e garantir o direito de liberdade de ir e vir das pessoas.” Ao referirem sobre
os excessos, logo vem à palavrinha mágica: “Todos os abusos serão apurados e
punidos.”
Já o gerente municipal Fernando Haddad (PT), vem com fala
mansa de um bom demagogo e oportunista, acenando que vai reunir com o movimento
para discutir os problemas do transporte, mas deixa frisado, que “Não tem
intensão de revogar o aumento da passagem que saltou de R$3,00 para R$3,20, no
dia 2 de junho.” O descaramento desses gerenciamentos PT/PSDB, seguido do
descontrole e “falta de preparo” das
tropas da PM paulista, vem empurrando para o campo de apoio aos manifestantes,
que lutam por uma causa justa, seletos grupos, como é o caso do Centro Acadêmico
XI de Agosto da faculdade de direito do Largo São Francisco – USP, estudantes
de Direito da PUC, Mackenzie, FGV, eles criaram um centro de apoio jurídico aos
manifestantes e ficam de plantão nas delegacias e estão estudando uma maneira
de entrar com uma petição contra os abusos cometidos pela PM, contra o Estado e
defendem a tese de qualificação de presos políticos os manifestantes dessas
batalhas. No dia 13 de junho a ação da polícia causou ferimento em 105 pessoas,
235 foram detidas em contrapartida 13 policiais saíram feridos, porém esses
números por parte dos manifestantes e populares pode ser ainda maior, já que o
calculo é só com os casos registrados em hospitais e delegacias.
O POVOVO ACORDOU...
Aos plenos pulmões, os manifestantes gritaram pelas ruas do
país que o povo acordou e pelo visto vai em busca do que roubaram durante o
longo período de hibernação e acordaram furiosos e está disposto a varrer do
seu caminho todo tipo de manobras politico eleitoreiras. Mesmo que há alguns
partidos, que participam do pleito eleitoral no meio das manifestações, agente
percebe uma grande repulsa, principalmente da juventude a eles e suas
bandeiras. Muitos deixam clara a insatisfação com os políticos, a ponto de
alguns ensaiarem uma vaia ao Plínio de Arruda (PSOL), que caminhou no meio dos
manifestantes, mas que o que falou mais alto, foi a sua elevada idade e sua
determinação de esta lá, mesmo que ainda aparentemente de forma diplomática.
O que tem chamada a atenção, é a disposição do povo de lutar,
pois a cada ato aumenta a repressão e também a firmeza dos manifestantes, que
se articulam de forma rápida e prática e seguem como vendaval deixando rastros por
onda passa, anunciando uma grande tempestade, que depois dela há de ter muito
para se construir e reconstruir, mas com certeza esses oportunistas
eleitoreiros, já devem estar sentindo que não colheram muitos votos, por isso
os que participam são os menos queimados e sem expressão no parlamento.
Devemos nos unir pela consciência de classe, pois já há um
grande burburinho de falarem que quem esta na luta pela redução da tarifa, é “filhinhos
de papai” e que o povo não esta aderindo, isso é o que eles querem fazer crer,
pelo fato de ter muitos estudantes, que são filhos de operários que se
desdobram para pagar as passagens dos filhos para irem estudar, por que o
Estado não garante esse direito.
Por isso, vamos a luta e fazer revogar esse aumento vejam alguns
números, que são impressionantes e mostram que R$0,20 (vinte centavos) vale muito sim!:
SP - Estado fascista gerenciado por Alckmin/Haddad/Dilma declara guerra:
Contra manifestantes
que lutam pela redução da tarifa de ônibus, trem e metrô
Em mais uma demonstração de
servilismo à máfia dos transportes, os gerentes Alckmin e Haddad insistem em
manter a tarifa de R$3,20, em vigor desde o último dia 02 de junho. A PM
espancou, atirou, jogou bombas por todos os lados e prendeu mais de cem
manifestantes.
A manifestação dessa quinta-feira
contou com a participação massiva de mais de 15 mil manifestantes, entre
juventude, trabalhadores de todas as categorias e também com a presença de
Plínio de Arruda, que caminhou na passeata junto com a juventude, marcando um
encontro de gerações distintas.
Dessa vez, os manifestantes contam
com um apoio gigante do povo, que também sofre com o aumento, os que não se
animavam a seguir a passeata, sempre deixavam um gesto de apoio. A PM, fez uma
base de concentração na Praça do Patriarca e os manifestantes se concentraram
na Praça Ramos de Azevedo, divididos pelo viaduto do Chá. Assim que teve uma
grande concentração de pessoas, o movimento inovou: Enquanto a tropa de choque
se posicionou junto com outros agrupamentos na Praça do Patriarca e enfrente a
prefeitura, prevendo ser o caminho da passeata, comum em todas grandes
manifestações, porém, eles seguiram em sentido contrário, foram em direção a
Praça da Republica pela Rua Barão de Itapetininga.
Entraram na Av. Ipiranga e seguiram
em frente até a Rua da Consolação. Houve uma pequena discordância entre os
grupos, pois uns defendiam ir sentido à Praça Roosevelt e outros de seguir em
direção à Paulista. Este impasse, levou cerca de 30 minutos para ser resolvido
e depois a passeata seguiu no sentido Av. Paulista, até esse ponto, só havia
ocorrido um incidente na prisão de dois manifestantes antes de iniciar a
passeata. Durante o caminho, a passeata, foi ganhando adesões e crescendo cada
vez mais.
Mas ao alcançar a Rua Maria Antônia,
próximo ao Mackenzie, a PM fez cerco e não teve acordo, pois enquanto um dos
representantes conversava com o comandante do Batalhão de choque, iniciou um
gratuito ataque por parte da PM, que generalizou um confronto, transformando o
cruzamento da Maria Antônia e Consolação em uma verdadeira Praça de Guerra. Os
manifestantes se defenderam com pedras, paus e rojões e a PM usou todo o seu
arsenal, sem dó, nem piedade. Um grupo de pessoa, que escolheram um posto de
gasolina para abrigo, foi ferozmente atacado, a PM não aliviou nem os
fotógrafos e jornalistas, uma integrante da equipe da Folha, levou um tiro de
bala-de-borracha no olho e daí em diante, o caos tomou a cidade de São Paulo em
mais um grande e vigoroso ato contra o aumento da tarifa. A rebelião se
justifica pela truculência da PM e desse velho e podre Estado, que a cada ação
só se fascistiza e longe de ser um “Estado democrático de direito”,
pois ao povo nem mesmo o direito de tomar as ruas em protesto tem mais. Esse
gerenciamento de dito “governo popular” mostra cada vez
mais a sua verdadeira face e a quem realmente serve. Haddad e Alckmin,
pronunciaram que não vão ceder e ordenam as tropas a aumentarem a truculência.
Os motoristas dos automóveis, entraram
em pânico e saíram correndo deixando os carros no meio da rua. Muitos não
entendiam o porquê de tanta violência e principalmente por parte da PM, pois
segundo um cidadão que não quis se identificar: “Os policiais, são treinados para
manterem a ordem, mas do jeito que estão fazendo, estão aumentando a desordem!”
Os manifestantes, mesmo com todas as bombas e tiros, não se intimidaram e
chegaram até mesmo por um instante cercar um grupo de policiais e passaram a
ataca-los, até que o Choque chegou com suas bombas e balas-de-borracha.
Se dividindo em vários grupos, os
manifestantes seguiram por todos os lados, onde em grupos maiores rumaram
sentido Av. Paulista, pela Rua Augusta e Consolação. O saldo foi de mais de 100
feridos, quase 150 presos e um rastro de fúria e destruição.
A polícia alega ter apreendido
bombas caseiras com manifestantes e também mochilas cheias de pedras, além de
pega-los em flagrante. No geral, mesmo a imprensa reacionária, chegou a
noticiar que esse ato foi marcado pela violência policial, principalmente
contra a imprensa. O batalhão de Choque em um dado momento do confronto, chegou
a lançar bombas de efeito moral no meio de um grupo de cinegrafistas e
fotógrafos e bombardearam um posto de gasolina, que a imprensa se abrigava, (achando
ser seguro).
Além dos ônibus dos corredores de
onde estava havendo confronto, não circularam e os que apareceram, foram
pichados e quebrados, o metrô também entrou em pane e os ferroviários estavam
de greve. Segundo relato de trabalhadores, eles foram liberados mais cedo para
irem pra casa a pedido da polícia, o que só confirma a tenebrosa e fascista
atitude da PM, pois já havia arquitetado o ataque ao movimento.
Fizeram um grande cerco nos
principais pontos e revistavam todo mundo que estava com mochilas nas costas e
efetuaram algumas prisões mesmo antes da manifestação. Mesmo com o pedido do MP
– Ministério Público o gerenciamento PT/PSDB esta irredutível. O MPL –
Movimento Passe Livre, diz que vai continuar o movimento e de que a cada dia
ele será maior, pelo jeito estão com razão, pois os atos têm aumentado e tomado
grandes proporções.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Povo apoia as
manifestações e PM não explica violência indiscriminada
Mesmo com massivas propagandas contrarias
popular apoiam a luta contra o aumento da tarifa do transporte coletivo (ônibus,
trem e metrô) de R$3,00 para R$3,20 no último dia 02 de junho. As ruas de São
Paulo, mesmo debaixo de chuva, contou com um contingente de mais de 10 mil
manifestantes, que decididos marcharam da Praça do Ciclista até o Parque Dom
Pedro e depois Voltaram para a Av. Paulista. O protesto teve início às 17hs e
só “terminou” após às 23hs.
Estivemos acompanhando e pude ouvir
e ver de perto o apoio da população aos manifestantes, que cresce a cada dia.
Uma senhora, de aparência simples e cristã, quando perguntei: A senhora é a
favor ou contra a manifestação contra o aumento da passagem? Ela, mesmo com
jeito humilde e de pouco conhecimento, danou a falar de “judeus” ao ver os
jovens com o rosto tampado, talvez tenha confundido com judeus com palestino,
mesmo assim tentou fazer uma defesa da gerencia Haddad, os demais perguntados,
responderam que apoiam totalmente a manifestação e alguns afirmaram que só
assim é que vamos conseguir.
Após os confrontos no Parque Dom
Pedro e do Pátio do Colégio, o tenente-coronel da Polícia Militar Marcelo
Pignatarideu uma entrevista na
Praça da Sé, alegando ser “difícil
negociar com um grupo que têm vários outros subgrupos”, ele alegou que a
polícia esta monitorando todos para por fim aos atos. Em nenhum momento ele se
dirigiu a população, pelos distúrbios e excessos que as tropas sob seu comando
estão cometendo, pois estão lançando bombas por todo lado, atingindo pessoas de
idade, criança, mulheres grávidas e até chegou a causar correria dos usuários
do metrô, que estavam se asfixiando devidos os efeitos das bombas de gás e o
spray de pimenta, usado indiscriminadamente pela PM, pela contundência do ato
dessa terça-feira 11 de junho e as declarações do tenente-coronel Pignatari
tudo indica que vamos ter climas mais quentes nos próximos atos, já que os
manifestantes prometem seguirem firmes na luta sem recuo até alcançarem seus
objetivos. Sob a palavra de ordem “Se a
tarifa não abaixar, a cidade vai parar!”.
Hoje haverá mais um ato, marcado
para as 17 horas, com a concentração no Teatro Municipal e o MPL convoca todos
os que são contra o absurdo aumento nas tarifas. Companheiros e companheiras a
luta não é só da juventude, é de todo o povo, contra o abuso dos tubarões do
transporte e do poder público, que se quer respeitam a tão propalada
Constituição Federal que diz: “Transporte
um direito do cidadão e um dever do Estado”, querem que o povo respeite a
ordem, mas eles sempre burlam, por isso toda rebelião se justifica e o povo tem
de criar focos de resistências contra todos os males, pois a conta sempre vem é
para o povo e por isso os nossos inimigos não são os jovens que estão sendo criminalizados
e sim esse velho e podre Estado.
Viva as heroicas
batalhas contra o aumento em todo o país!
A juventude
e o povo paulista tomam as ruas contra o abusivo aumento das passagens
Na última quinta-feira 6 de junho, a juventude paulista realizou
um dos atos mais contundente da história do movimento Passe Livre em São Paulo.
Forçando os meios de comunicação a colocando em pauta o aumento nas tarifas de
ônibus, metrô e trem (ocorrido em 2 de junho), as tarifas aumentaram em 6,7% e o
preço saltou de R$3,00 para R$3,20. Na quinta-feira feira o ato se iniciou em
frente ao teatro municipal e de lá tomou o viaduto do Chá, parando de frente a
prefeitura. Os manifestantes fizeram uma agitação grande agitação denunciando a
omissão do prefeito Fernando Haddad (PT) e o conluio com Geraldo Alckmin (PSDB)
no aumento.
Da frente da prefeitura, os manifestantes tomaram a Rua São Bento
e desceram para o Vale do Anhangabaú e tomou a saída do túnel que liga a av.
Prestes Maia à Av. 23 de maio, uma das principais ligações para a Z. Sul.
Armando barricadas com caixotes , cones, fechando o acesso em direção ao
aeroporto. No alto do viaduto do Chá uma enorme faixa negra com a palavra
de
ordem “Se a passagem não abaixar SP vai
parar!”, que contrastava com a barricada de fogo. Com a chegada da tropa de
choque da PM, lançando bombas de efeito moral e balas de borracha, os
manifestantes se dispersaram em grupos, partindo para o terminal Bandeira e
Avenida 9 de julho, outro importante corredor de ligação entre o centro e
bairros. No terminal Bandeira os manifestantes entoavam a palavras de ordens: “Se a passagem não abaixar São Paulo vai
Parar!” e realizaram várias pichações em ônibus além de promoverem o famoso
“pula catraca”, onde os passageiros
pulam sem pagar a passagem. A Av. Nove de julho teve os dois sentidos
interrompidos e mais barricadas com fogo e enfrentamento entre a PM e os
manifestantes, que se espalhavam pela cidade, causando um verdadeiro caos às
ordens públicas.
De lá os manifestantes marcharam firmes para o centro financeiro
de São Paulo e o principal da América Latina a Av. Paulista, concentrando-se de
frente ao MASP, principal ponto de manifestantes. O efetivo da polícia militar,
foi reforçado e nesse ponto o confronto ganhou maior proporção, tanto do
aparato repressivo, quanto dos manifestantes, que a todo o momento demonstravam
vigor e determinação. A PM se utilizou de todo o seu arsenal, para desobstruir
o trânsito e os manifestantes enfrentaram com o que encontravam pela frente,
mas firmes e decididos. Com a retirada em direção ao Shopping Paulista na Praça
Osvaldo Cruz, deixaram as marcas da batalha contra a PM (sacos de lixo em chamas, cestas de concreto e até mesmo uma guarita da
PM, além de todas as entradas das estações de metrô quebradas e pichadas). A
PM que contava com um grande efetivo, por terra e helicópteros que sobrevoavam
os manifestantes, procurou fazer o cerco e conter a manifestação. Por volta das
21hs, realizou um cerco aos manifestantes, que correram, sob os tiros de balas
de borracha e bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio, para dentro do
Shopping Paulista. A administração do Shopping fechou as partas e as pessoas
entraram em pânico, pois a PM estava atacando quem passasse na frente, pois não
sabiam quem estava no protesto, por se tratar de um protesto popular massivo.
Nesse momento do protesto, que já estava finalizando, a PM prenderam
o presidente do sindicato dos Metroviários de SP, sob a acusação de destruição
do patrimônio público e desordem, com ele mais de vinte outros manifestantes,
todos sob a mesma acusação. Os organizadores do movimento, terminou a manifestação do dia 06,
marcando outra para o dia 07 no Largo da Batata em Pinheiros e sob a palavra de
ordem “Amanhã vai ser maior!”, os
manifestantes se dispersaram.
Segue firme a Luta e amanhã vai ser melhor
No dia 07, o Largo da Batata aparece cercado pelo aparato militar,
os fotógrafos e cinegrafistas se posicionando em inclusive os seguranças da
Linha 4 do metrô. Tudo leva crer que dessa vez não haverá “baderna”. Os policiais se posicionam por
todos os lados e até às 17 horas parecia que não iria ocorrer o ato, mas a
juventude não tardou, chegou de todos os lados e rapidamente se aglomerou no
Largo e saíram em passeata, tomando rapidamente a pista, dessa vez mantendo o
corredor dos ônibus e logo tomaram a Av. Brigadeiro Faria Lima, uma via
bastante importante de São Paulo e em passos firmes cadenciados pela “banda do
MAL”. Os manifestantes seguiram e dessa vez fizeram o que a PM não esperava,
fecharam a via da Marginal Pinheiro no sentido Rodovia Régis Bittencourt (BR116).
Mais uma vez a PM se utilizou de bombas e tiros de bala de borracha para
dispersar os manifestantes, porém os mesmos mantiveram-se firmes até o momento
que acharam ter deixado o recado. Uma fotógrafa ficou ferida com estilhaços de
bombas lançadas pela PM.
Os
manifestantes retornaram para o Largo da Batata, próximo a estação Faria Lima,
onde houve mais enfrentamento deixando em caos a já caótica Av. Rebouças,
depois se manteve concentrados novamente no Largo da Batata e de lá a maioria
se dispersou, outro grupo menor seguiu pela Av. Doutor Arnaldo em direção a Av.
Paulista. O que mais uma vez deixou os policiais desorientados.
As
manifestações do dia 6 e 7, nos mostra a força que as massas têm e se essa
força for usada para alcançar um objetivo, com certeza esse será alcançado. São
vários os exemplos disso, um recente foi a revogação do preço das passagens em
Porto Alegre. Por isso a população deve engrossar o caldo e aderir às justas
manifestações, que se alastram pelo país a fora e terça-feira haverá outra em
São Paulo e terá a sua concentração na Praça do Ciclista às 17 horas (Av. Paulista com a Rua da
Consolação).