quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Barbárie!


Morticínio de jovens em periferia é falta de saída desse velho e podre Estado fascista!*

Fernando Pereira de Melo, de 23 anos –desempregado,
 sem antecedente criminal, foi encontrado morto.
Em noite violenta, São Paulo, dorme e acorda com notícia de extermínio de jovens, como sempre na sua periferia dessa vez em Taboão da Serra. Tudo teve início, após a morte de um soldado PM Hélio Barros , desencadeando a "fúria" fascista na noite de segunda para terça-feira-8-9 de Outubro. Por volta das 22h30, menos de uma hora depois da morte do PM, dois suspeitos de roubo foram mortos por policiais. A PM negou envolvimento com o crime do policial. Disse que os policiais estavam atendendo a ocorrência de roubo a pedestres e que os mesmos teriam reagido e atirado para tentar fuga, caíram da moto e um deles, Rodrigo Neves, de 20 anos, morreu no local. Mas segundo afirma um vizinho: "Os Policiais viram que ele estava caído e deram vários tiros na cara". O outro, André Felipe Oliveira Lima, de 16, foi levado ao hospital e como sempre não resistiu. Vizinhos afirmam ainda, que "Policiais mandaram todo mundo sair da rua”. Quem ficou apanhou. Para justificar as mortes, a PM informou que apreendeu com eles, dois revólveres e a bolsa que segundo eles pertencia a uma mulher, vítima dos assaltantes.
A Região teve mais violência, promovida por dois carros, um prateado de cor escura, aterrorizaram os moradores, segundo testemunhas, passava da meia-noite quando homens fortemente armados efetuaram disparos de dentro de um Fiat Stilo prata em três pessoas, que estavam na esquina da Rua Tereza Montez Sanches. Elas tentaram escapar pulando muros de casas, mas o jovem, Fernando Pereira de Melo, de 23 anos – desempregado e sem antecedente criminal, não conseguiu e foi encontrado dependurado no portão de uma casa morto, estava espetado nas lanças pontiagudas do portão. Outros dois, também baleados, mas que sobreviveram, tinham passagem por roubo.
Quantas mães ainda irão chorar a morte dos filhos?
O Stilo prata, com os francos atiradores, foi visto também atacando na Rua Sati Nakamura, onde um homem se machucou tentando fugir e outro foi baleado na perna. Mais quatro pessoas, foram vitimas de disparos, por volta das 1h30, na Rua Nicolau Gentile, também em Taboão, só que dessa vez, foram atacadas por atiradores que utilizavam um Logus preto. Fabio Julião Santos, de 32 anos, e José Gomes, de 31, com passagem por porte de drogas e irmão de um PM, não resistiram. Por volta das 2 horas, dois homens sem antecedentes, Alex Sandro Pereira, de 29, e Ricardo Evangelista Pereira, de 31, foram mortos na Rua João Antônio da Fonseca. Segundo informações, foi visto um carro preto no local.
Para familiares e amigos das vítimas, policiais promoveram o comboio de assassinatos. "Estão matando para se vingar e não estão matando só bandido. Estão indo na rua e matando qualquer um", afirmou um amigo de Fabio Julião. Uma sobrinha de Ricardo Pereira disse que ele não era criminoso. "Só estava na frente de casa conversando."
Mais uma vez, a PM, aparece com suas palavrinhas mágicas do comando dizendo que: "não compactua com irregularidades praticadas por seus integrantes" o inquérito vai apurar o caso e solicita que testemunhas procurem a Corregedoria. Caros leitores, aqui esta a senha para matar, pois quando a própria PM, não faz o serviço, os grupos de extermínio o faz. As pessoas que foram mortas em Taboão da Serra, Região Metropolitana de São Paulo, foram vítimas de uma hipocrisia desse velho e podre Estado, que para justificarem-se perante a opinião pública, diz que os policiais estão fazendo o seu trabalho e agiram perante a lei. Só que esse mesmo Estado, que permite o seu braço armado matar, não permite que o povo tenha o direito a defesa. Todos que se levantam contra essas mazelas, são covardemente assassinados, ou colocados em um programa de “proteção” feita pelo próprio Estado.
Ônibus da Viação Vila Galvão, incendiado  em ação de protesto
em guarulhos, contra a chacina de três pessoas em 08/10/12
Mesmo com as evidências, para o delegado, Gilson Leite Campinas, os crimes aconteceram em locais específicos, motivo pela qual não é para a população ficar preocupada com isso. “A polícia está empenhada para tentar esclarecer os casos, o mais rápido possível”. Segundo dados estatísticos, a morte de policiais em horários de folgas, tem aumentado em São Paulo, mesmo com a “legalização do bico”, pelo gerente Kassab, que paga cerca de R$120,00 por dia ao policial que presta “serviço” reprimindo e perseguindo camelôs nas ruas de São Paulo. Nas redes sociais, como o facebook, surgem expressões de pessoas, que propagandeiam e até fazem afirmações de apoio e incentivo a esse tipo de atitude. Frases como essa: “Desde Janeiro policiais são assassinados em São Paulo. Basta!A frase vem acompanhada do brasão da PM com sangue e cobrança da população para que alguma manifestação seja realizada. Em uma clara demonstração de envolvimento de PMs em atos desse tipo.
Na Baixada santista, em cinco dias morreram 15 pessoas, dois PMs e 13 civis. “No domingo, após a morte de sete pessoas em aproximadamente cinco horas, o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, e o comandante da PM, Roberval França, estiveram no litoral para conversar com integrantes dos batalhões da região. Membros da Corregedoria da PM também foram deslocados para Santos.” Também, uma ação de um grupo, que atearam fogo em um ônibus da Viação Vila Galvão, na Rua Jamil João Zarif, no bairro Taboão - Guarulhos, segundo consta essa ação foi espontânea devido a chacina onde 3 morreram e um ficou ferido, nessa Região.
Além disso, várias pichações surgiram em diferentes pontos da cidade, principalmente nas periferias, tidas como violentas e antro de marginais, pelo monopólio de imprensa, principalmente os sensacionalistas, que vivem de execrar e humilhar os pobres. Há muito, esses fascistas, vêm alimentando a cabeça do povo, com propagandas dessa violência, criando pânico e terror na população, para justificarem o morticínio. Com isso, faz-nos, relembrar a celebre frase de Malcon X: “Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimida e amar as pessoas que estão oprimindo”.
Essa frase, responde e bem o que anda ocorrendo em nosso país, onde, o monopólio de imprensa, faz constantes ataques ao povo, propagandeando o culto a violência do Estado contra, os movimentos sociais e contra o povo, que já não aguenta mais o sofrimento e levanta-se contra tudo que o oprime. As mortes de pessoas nas vilas e favelas, das grandes cidades, é prova cabal de que este velho e podre Estado burguês e latifúndio, não têm resposta para os problemas do povo e só uma revolução de Nova Democracia, pode e tem que resolver esses problemas. Devemos construir formas de resistências contra esses covardes ataques e se hoje eles dizem que estão matando bandido, é por que esses jovens, não tiveram e não têm como ser aproveitados nessa sociedade de classes, onde que subtrai e esgota as riquezas produzidas pelos operários e camponeses. Temos de construir o Poder Popular e as Assembleias do Poder de Nova Democracia, onde a maioria e que decidirá o futuro e não essa minoria, que hoje nos explora. É simples – claro e cristalino: Quem trabalha come, quem não trabalha, não come.
Abaixo o genocídio do povo pobre!
Viva a Revolução de Nova Democracia!


*Este texto, foi elaborado com base nos últimos acontecimentos em S.Paulo.