segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Trabalho escravo



Operários vivem sob a humilhação e a escravidão nas grandes obras

Brasil século XXI, capitalismo “desenvolvido”, ou seja “não” há mais relações de trabalho existentes na colônia de outrora, mas o que dizer de constantes denuncia de trabalhos escravos de relações semifeudais que imperam no país?

 No tempo do Brasil colônia, os negros eram trazidos de diferentes partes do Continente Africano, chegando aqui, os escravocratas faziam questão de embaralha-los, para tentar dificultar a comunicação entre eles e mantê-los divididos. Hoje os patrões, principalmente do setor da construção civil e do setor têxtil, vem adotando a mesma estratégia, só que noutrora, utilizavam os bacamartes e os sanguinários bandeirantes e dos capitães-do-mato, para dominar e escravizar os negros, hoje utilizam as promessas e aliciadores, que iludem o sofrido sertanejo, principalmente em paupérrimas regiões do país. Denuncias de trabalho escravo na obra de expansão do Aeroporto de Cumbica em Guarulhos SP, mostradas no programa do SBT Conexão Repórter “O Expresso dos Indesejados”, em 26 de setembro, mostra o quão absurdo é a situação impostas aos operários, que saem de suas terras, deixando famílias e carregando um sonho de melhoras, mas encontram a mais cruel escravidão, já que na antiga colônia, os senhores de escravos é que se preocupavam em manter seus escravos em condições de produção e hoje são os próprios escravos é que buscam sobrevivência.
 
Hoje contam com a massiva propaganda do governo sobre as obras do PAC (Usinas, rodovias, conjuntos habitacionais, estádios de futebol e etc.) a conivência de uma justiça inoperante e parcial, sindicalistas pelegos, todo o aparato repressivo e sua guarda pretoriana (Força Nacional – criada pelo pelego-mor Luiz Inácio). A Força Nacional, esta cumprindo o papel dos capitães-do-mato e as grandes obras do PAC como cativeiros, mantendo o trabalhador isolado de tudo e vivendo constantes constrangimentos e humilhações. Mas onde há opressão, há luta assim a história nos mostra e por esse motivo os operários se tem se levantado, varrendo do seu caminho tudo que tenta o impedir e o movimento sindical apodrecido e fundido com esse velho e podre Estado, serve como bombeiro tentando apagar as labaredas das revoltas, dedurando, ameaçando e até mesmo matando os que apontam o caminho da luta aos operários.
Mas não devemos cair no denuncismo, devemos nos organizar nos locais de trabalho e se levantar de forma organizada contra essa exploração. Não é crime lutar por liberdade e justiça. Falam de escravidão, como se tivessem falando de coisas que já passaram, mas ela esta ai para todos verem. Devemos quebrar todas as correntes que nos aprisionam ao passado e construir uma nova sociedade sem classes e sem exploração, mas para isso temos de cimentar o caminho e nos colocarmos decididos a isso. Os nossos inimigos não vão entregar o poder de bandeja, terá que ser arrancado deles. Não é atoa que tudo que foge do seu controle, são taxados de “vandalismo” ou “baderneiros”, logo tratam de reprimir e prender. Há vários operários presos e desaparecidos, como é o caso dos 11operários desaparecidos da Usina de Jirau RO e dos 03 operários: BILLY JOE ARAÚJO ROSA, MARCELO DE CARVALHO VIEIRA e PAULO CESAR GOMES DUARTE, empregados da ENESA Engenharia Ltda., terceirizada da Vale S.A. na obra da Mina Conceição, arbitrariamente presos no Presídio de Itabira, desde o dia 18 de março/2013.

Liberdade a todos presos políticos!
Exigimos que o Estado dê conta do paradeiro dos 11 operários de Jirau!

domingo, 22 de setembro de 2013

Solidariedade de classe

“NÃO ME DECEPCIONEM!”
"Carta de um preso político Bruno Torres, que esta encarcerado por lutar contra as injustiças sociais, traz relatos importantes da vida carcerária e da situação de muitos detentos, que cumprem pena mesmo sem julgamento, enquanto que mensaleiros e corruptos de toda laia, seguem impunemente. Segundo ele relata na carta a maioria são pobres e pretos mostrando que a prisão também é uma trincheira da luta de classes."(Introdução Protesto Popular SP)

 ... Estou escrevendo do COTEL na folha de um guardanapo devido a falta de qualquer papel propício para escrever. Por sinal, só achar essa caneta foi bastante difícil. Mas não tenham nenhum alarde quanto a isso, nem com a minha situação em geral.
A minha maior preocupação de fato não é o simples fato dos companheiros se mobilizarem pela minha libertação, isso é importante, é claro, mas o mais importante mesmo é que essa mobilização acarrete no desgaste de nosso governo de semiditadura implementado por Eduardo “Kampf”. Inclusive vos digo que se for para a queda desse fascista e pelo bem do avanço do processo revolucionário, tudo bem me prender, pelo tempo que for preciso.

A minha cabeça mais do que nunca permanece erguida, tal como meu punho esquerdo. Prenderam-me, mas não minhas ideias nem a luta pela libertação do povo. “As ideias são a prova de balas” e a prova de grades também. A minha moral revolucionária, ao contrário do que pensa a PM e Eduardo Campos, só se revigora. O governador colocou seus cães raivosos a fim de mim intimidar e intimidar meus companheiros, mas não é por tão pouco que devemos nos abater. “Ontem”, revolucionários morreram torturados para que “hoje” abaixemos nossas bandeiras por conta de uma “prisãozinha”? Me parece que o governador aprendeu muito pouco com Wilson Damázio (atual secretário de defesa social e ex-torturador do Regime Militar). Ao contrário desse aspirante fascista, nós estamos sempre a aprender com Soldedad, Padre Henrique, Dom Hélder e tantos outros.

Sim, camaradas, eu caí! Mas num mundo de injustiças, há que se esbravejar aos quatro cantos que todos que lutam por um mundo mais justo estão sujeitos a “cair”. Há que se reafirmar que “a prisão é o segundo lar de todo revolucionário”.

Caso isso acalme os companheiros: Não estou recebendo um tratamento de todo modo ruim. O descaso do governo do estado para com o sistema penitenciário é grande, o que gera uma “infinitude” de problemas ao presídio, mas talvez por sorte, com a boa vontade e empenho do Diretor Penitenciário, juntamente com a camaradagem e a fraternidade dos presidiários, amenizam estas questões. A maioria de origem humilde, e muitos claramente membros da classe trabalhadora. A quantidade de negros, pobres e trabalhadores é absurda, tal como o alto número de inocentes (confirmados pelos próprios agentes do COTEL), o que denota que o problema destes presos tem uma raiz política-econômica. Pude ver que para questões de práxis, eu não sou o único preso político aqui. Testemunhei, um fato conhecível a todo revolucionário: No fundo, no fundo “todo preso é um preso político”.

O comandante de organização, combatente vermelho, mandou dizer que levem esse meu recado a todo camarada, e que seja levada a proposta para ratificarem: NÃO PERMITO que caiam em qualquer sentimentalismo pequeno-burguês de se limitarem a lutar porque um companheiro (e amigo) caiu, lutem não só por mim, mas em prol de toda população carcerária injustiçada, e do povo explorado, nossa luta não consiste na libertação de um, mas sim pela libertação do povo. Não me decepcionem.

Há homens aqui que necessitam e demandam que lutemos por eles. O Diretor João Fernandes (único diretor que vi que realmente se engaja na recuperação dos presos) é um deles. Os companheiros de cadeia (que não deixam faltar os cigarros) também são. Há muitos homens que mal sabem ler. Muitos que estão a dois anos e nem sequer foram condenados. Muitos que dificilmente sairão da vida da criminalidade, e outros que entraram inocentes mas vão sair com a mentalidade alterada. Aliás, a quantidade de inocentes é absurda (o que é dito pelos próprios agentes). Reside aqui a nata do povo pobre, e se aplica um processo que torna um simples cidadão como um elemento além do lupem.

Os detentos afirmam que o número de injustiças tem se acentuado nos últimos anos devido a programas como o “PACTO PELA VIDA” que estipula metas de prisão, além de estímulos financeiros aos policiais que conseguirem prender mais, programa esse implementado pelo Fürher Eduardo Campos. O pobre e/ou o preto é o mais atingido. Na primeira cela por qual passei, havia somente e e mais uns quatro “brancos”, para próximo de quarenta negros.

Meu lado emocional e minha moral se mantém firmes, minha única preocupação a nível emocional são da que meus pais com certeza estão a sofrer mais do que eu. Mas a libertação do povo é muito mais importante que questões pessoais minhas. Apesar da boa vontade do Diretor João Fernandes, ele sozinho não conseguirá a qualidade e garantir atividades de recuperação eficientes aos encarcerados do COTEL, nem de Pernambuco ou do Brasil. Vocês sabem tanto quanto eu, que a justiça para os homens daqui de dentro, qyabti a justiça para os homens “livres” daí só se conseguirá com a vitória da luta revolucionária. Mediante a isso mantenham seus ideários firmes e inquebrantáveis. Os encarcerados do COTEL que tem plena ciência dos males deste governo e contam conosco para enfraquecer esse podre sistema, derrubar esse ditador e acabar com programas infernais como o “PACTO PELA MORTE”, digo, “PELA VIDA”. Prometi aos presidiários, sobretudo aos injustiçados, que não esqueceria eles. Finalizo aqui o resumo do que apurei. Propaguem essa mensagem.

- Dedicada a Resistência Pernambucana, MEPR e demais forças políticas que estão se solidarizando.

- Dedicada a UNIDADE VERMELHA, e aos meus camaradas Jonas, Marcos, Pedro e todos os que vieram a porta do COTEL, minha saudação e continência.





quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Centenário de Pedro Pomar

Pedro Pomar! Presente!


Em meio aos últimos acontecimentos em que o povo vem tomando as ruas seguidas vezes, desafiando as forças repressivas desse velho Estado, celebramos no dia 23 de setembro o centenário (1913/2013) desse grande revolucionário brasileiro, que ousou lutar pela emancipação do seu povo. Por isso pagou com sua própria vida, covardemente ceifada pelos cães que defendiam e seguem defendendo a burguesia o latifundiário e o imperialismo.
Pedro Pomar, desde iniciou a sua militância revolucionária em 1932 e desde o início mostrou-se capacitado para estar a frente da organização do povo brasileiro. Foi combatente feroz do revisionismo e por isso encabeçou a cisão no PCB e ajudou constituir o partido, que passara a se denominar PCdoB e desde a traição de Nikita Kruschev no XX congresso, passou a ser um defensor ardoroso e consciente do pensamento Mao Tsetung, como era conhecido na época. Com isso o PCdoB teorizou a revolução em nosso país optando pela Guerra Popular e foram para a região do Araguaia, que pôs em "xeque" toda essa velha ordem. Mas foram aniquilados por erros táticos, que até hoje não foram esclarecidos, já que a maior parte dos que estavam a frente morreram em combate. Pedro Pomar e Ângelo Arroyo, que estavam prestes a fazerem uma analise científica do que ocorreu no Araguaia, foram emboscados e executados, sem chance de defesa em 16 de dezembro de 1976, na conhecida Chacina da Lapa ( localizado na Rua Pio XI, nº 767, no bairro da Lapa em São Paulo). João Batista Franco Durão, foi preso ao sair da casa no dia anterior, barbaramente torturado no DOI/CODI até a morte, Elza Monenerat, Haroldo Lima, Aldo Arantes, Joaquim de Lima, e Maria Trindade presos e torturados.. Devido a essa imensa perda e do aniquilamento da linha revolucionária, o PCdoB passou a seguir um caminho conciliador e foi-se moldando até chegar no que é hoje: Capacho do PT e da reação, tendo a sua frente pessoas degeneradas, que nem piscam para vender os direitos do povo e se afastando de vez dos ideais revolucionários, claramente expostos nos últimos levantes populares.
Por isso o Protesto Popular, tem a honra de reder homenagens a esse que foi um grande dirigente revolucionário do nosso país e que esses últimos levantes com certeza tem um pouquinho de cada um que tombou nessa longa jornada e mostram que o povo esta prestes a cobrar essa pesada dívida.

Glória eterna aos mártires do povo!
Viva os cem anos de Pedro Pomar!
Pedro Pomar! Presente!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Criminalização do povo pobre

Manifesto de repúdio às propostas de 

tipificação do crime de Terrorismo

 

Publicamos o manifesto de repúdio ao projeto que esta tramitando, no 
Congresso Nacional, que visa criminalizar de vez os movimentos sociais
Caso queira assinar, enviem e-mail para rodolfo@carceraria.org.br


Pelo presente manifesto, as organizações e movimentos subscritos vêm repudiar as propostas para a tipificação do crime de Terrorismo que estão sendo debatidas no Congresso Nacional, através da comissão mista, com propostas do Senador Romero Jucá e Deputado Miro Teixeira.
Projeto, visa legalizar a criminalização dos movimentos e justificar
repressão ao povo da periferia e todos que se levante contra
o velho e podre Estado
Primeiramente, é necessário destacar que tal tipificação surge num momento crítico em relação ao avanço da tutela penal frente aos direitos e garantias conquistados pelos diversos movimentos democráticos.
Nos últimos anos, houve intensificação da criminalização de grupos e movimentos reivindicatórios, sobretudo pelas instituições e agentes do sistema de justiça e segurança pública. Inúmeros militantes de movimentos sociais foram e estão sendo, através de suas lutas cotidianas, injustamente enquadrados em tipos penais como desobediência, quadrilha, esbulho, dano, desacato, dentre outros, em total desacordo com o princípio democrático proposto pela Constituição de 1988.
Neste limiar, a aprovação pelo Congresso Nacional de uma proposta que tipifique o crime de Terrorismo irá incrementar ainda mais o já tão aclamado Estado Penal segregacionista, que funciona, na prática, como mecanismo de contenção das lutas sociais democráticas e eliminação seletiva de uma classe da população brasileira.
Nesta linha, o inimigo que se busca combater para determinados setores conservadores brasileiros, que permanecem influindo nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, é interno, concentrando-se, sobretudo, nos movimentos populares que reivindicam mudanças profundas na sociedade brasileira.
Dentre as várias propostas, destaca-se o Projeto de Lei de relatoria do Senador Romero Jucá, que em seu art. 2º define o que seria considerado como Terrorismo: “Art. 2º – Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial ou étnico: Pena – Reclusão de 15 a 30 anos”.
Trata-se, inicialmente, de uma definição deveras abstrata, pois os dois verbos provocar e infundir são complementados pelos substantivos terror e pânico. Quem definiria o que seria terror e pânico? Como seria a classificação do terror e pânico generalizado? Ora, esta enorme abstração traz uma margem de liberdade muito grande para quem vai apurar e julgar o crime. Além disso, esse terror ou pânico generalizado, já de difícil conceituação, poderia ser causado, segundo a proposta, por motivos ideológicos e políticos, o que amplia ainda mais o grau de abstração e inconstitucionalidade da proposta.
É sabido que as lutas e manifestações de diversos movimentos sociais são causadas por motivos ideológicos e políticos, o que, certamente, é amplamente resguardado pela nossa Constituição. Assim, fica claro que este dispositivo, caso seja aprovado, será utilizado pelos setores conservadores contra manifestações legítimas dos diversos movimentos sociais, já que tais lutas são realmente capazes de trazer indignação para quem há muito sobrevive de privilégios sociais.
Também a proposta do Deputado Miro Teixeira revela o caráter repressivo contra manifestações sociais, evidenciada em um dos oito incisos que tipifica a conduta criminosa: “Incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado”. Verifica-se, portanto, que as propostas são construídas sobre verdadeiros equívocos políticos e jurídicos, passando ao largo de qualquer fundamento ou motivação de legitimidade.
Agregue-se, ainda, o cenário de repressão e legislação de exceção paulatinamente instituídos pela agenda internacional dos grandes eventos esportivos, solapando a soberania política, econômica, social e cultural do povo brasileiro, e a fórmula dos fundamentos e motivações da tipificação do crime de terrorismo se completa, revelando a sua dimensão de fascismo de estado, incompatível com os anseios de uma sociedade livre, justa e solidária.
Já contamos quase 50 anos desde o Golpe de 64 e exatamente 25 anos desde a promulgação da ‘Constituição Cidadã’. Nesse momento, diante da efervescência política e da bem-vinda retomada dos espaços públicos pela juventude, cumpre ao Congresso Nacional defender a jovem democracia brasileira e rechaçar projetos de lei cujo conteúdo tangencia medidas de exceção abomináveis como o ‘AI-5’.
Desta maneira, repudiamos veementemente estas propostas de tipificação do crime que, sobretudo, tendem muito mais a reprimir e controlar manifestações de grupos organizados, diante de um cenário já absolutamente desfavorável às lutas sociais como estamos vendo em todo o Brasil.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Metrô de SP

Sucateamento pode ter sido a causa
do descarrilamento em metrô de SP?
Um Vagão do metrô descarrilou nessa manhã de segunda-feira 05 de agosto de 2013, por volta das 11:50, entre as estações Santa Cecília e Marechal Deodoro, causando um verdadeiro caos no já caótico metrô paulista, segundo informes, não houve feridos. É o segundo caso em menos de uma semana, no sistema metroferroviário, em 30 de julho, ocorreu um descarrilamento na linha 7 Rubi no trecho entre as estações do Piqueri e Pirituba, na zona norte de São Paulo a CPTM abriu sindicância, para apurar as causas. Nessa manhã, foi a vez de uma composição do metrô sair dos trilhos e os passageiros tiveram que ser resgatados pelos funcionários. Durante o resto do dia, os usuários de todo o sistema e principalmente da linha 3 vermelha sofreram com o transtorno na volta para casa, só voltando a “normalidade” após às 21 horas. Não foi divulgada a causa do descarrilamento, mas a direção do metrô disse que “abrirá sindicância”. O acidente deva ter sido causado pelos constantes sucateamentos que a Companhia do Metropolitano vem sofrendo, devido as PP’s e o descaso dos sucessivos gerentes de turno, que deixam a segurança dos usuários nas mãos de empresas que estão sendo investigadas por formação de cartel veja investigações feitas pelo CADE..
E justamente, o acidente ocorreu em uma composição que foi reformada recentemente por uma empresa investigada no escândalo do “Propinoduto”. A TTrans criada em 1997, através na fusão entre a PEM Engenharia e Massimo Giavina-Bianchi, que constituíram uma aliança com a multinacional italiana Ansaldo/Breda, uma das maiores exploradoras do setor metroferroviário. Nos últimos tempos, os usuários do metrô e trens em SP, vivem um dilema de sufoco e sofrimento, o que só é lembrado em campanhas salariais dos metroviários na tentativa de ganhar a opinião pública a seu favor, porém após o término da campanha, há um silêncio, que só é rompido quando ocorre um fato como esse.
Os protestos que estão ocorrendo Brasil afora, estão fazendo despertar a consciência do povo e cabe a todos que queira realmente acabar com essas mazelas, não omitir fatos e cobrar em todos os fóruns, mas sem nutrir nenhuma ilusão em promessas vazias de conciliadores e legalistas, que só fazem o que a cartilha da burguesia permite e acusa os que lutam de “baderneiros” ou “vândalos”. A atitude de um sindicato classista deve ser o de chamar a opinião pública a seu favor em momentos assim e denunciar de forma inconciliável as mazelas desse velho Estado e conclamar a categoria e não apenas divulgar notas de repúdio, pois quando a categoria se organiza para deflagrarem-se em greve, logo aparece o Ministério Público e as leis para obrigarem os metroviários a trabalharem para não causar transtorno aos usuários, mas e quando ocorre um fato como esse o que esses mesmos órgãos fazem?
Por isso, não devemos deixar a chama apagar. As lutas que se iniciaram em junho pelo país, foram principalmente por melhorias no transporte público e o metrô é parte integrante disso. Alguns partidos como PSTU, PSOL, PCdoB e aliados, que atuam no sindicato e na federação dos metroviários de SP, deveriam ter conclamado a massa e a categoria e não ficar tentando achar chifres em “cabeças de cavalos”, fazendo acusações a grupos que não atuam de forma conciliadora.
Há uma gama de empresas terceirizadas que atuam nas PP’s, além da TTrans, Siemens, Alstom, Bombardier, Mitsui, CAF, e etc., formando um verdadeiro cartel como aponta as investigações.

Jornal A Nova Democracia nº 114*

Editorial - Liberdade para os presos políticos
"Democracia, como sabe vossa santidade, gera desejo de mais democracia. E inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida". Assim Dilma Roussef tentou explicar para o papa Bergoglio as jornadas de protesto popular de junho/julho, enquanto fora do Palácio Guanabara, onde ocorria a recepção ao chefe de Estado do Vaticano, outra manifestação era reprimida pela polícia do Estado reacionário gerenciado por Dilma/Cabral/Beltrame com a costumeira truculência.
Gente como Dilma (e todos os participantes da gerência PT/ PCdoB/FMI) enche a boca para falar de "democracia", "inclusão social" e "qualidade de vida", como se estivessem dando lições ao povo do que sejam essas quimeras vindas de suas cartilhas oportunistas eleitoreiras. E isto ao tempo que incrementam o aparato repressivo com o aumento desenfreado de seus efetivos, cria novos corpos como a Força Nacional de Segurança, ampliam os programas e planos de controle social – leia-se repressão sistemática – como UPP´s, Operação Paz no Campo, ademais das gestões por agravar a penalização de crimes contra a "ordem pública", novas tipificações de crimes e aprovação de lei antiterrorista.
A seguir a lógica estreita petista, poderia-se dizer que "miséria gera desejo por mais miséria". Claro, da parte do latifúndio, da grande burguesia, do imperialismo e dos lacaios que gerenciam seu velho Estado, é exatamente esse o desejo.
O oportunismo na gerência do velho Estado tenta se fazer passar pelo suprassumo da esquerda, tentando encaixar toda oposição à direita, posando de sérios e responsáveis aos seus amos, ao mesmo tempo em que potenciam seus programas assistencialistas da receita imperialista de "políticas compensatórias" na corporativização das massas mais empobrecidas.
Pois bem. É esse mesmo oportunismo, o rebotalho da política eleitoreira, que incrementou enormemente a repressão policial nas grandes cidades e no campo, que jogou exército, Polícia Federal e Força Nacional de Segurança contra povos indígenas, camponeses favelas com assassinatos e massacres e nos canteiros de obra do PAC com prisões, torturas e desaparecimentos ali mesmo, onde trabalhadores ousaram se rebelar contra o cativeiro operário.
E justamente quando a juventude do Brasil se levanta contra o velho Estado, contra a violência sobre o povo, rechaça o eleitoralismo de todas as siglas do partido único, em repúdio à corrupção endêmica, ao sistemático abuso de poder e privilégios absurdos das "autoridades", exigindo mais direitos, como o fim dos aparatos repressivos, etc., é que vemos a verdadeira face da "democracia" de PT e corriola.
E não é apenas na forma de cassetetes, bombas de gás, de efeito moral, spray pimenta, jatos d'água e tiros de balas de borracha e munição real que a democracia petista se expressa. Hoje é grave também a prisão política e maus tratos de milhares de manifestantes pelo Brasil e de dezenas que seguem encarcerados, vítimas de toda sorte de acusações infundadas, muitas inclusive "plantadas", como formação de quadrilha, porte de explosivos, terrorismo, e etc.
É quase impossível compilar números confiáveis do total de presos (próximo a 2 mil) pelos esbirros da reação durante os protestos e depois deles quando, absurdo dos absurdos, a polícia chegou a invadir casas de manifestantes para prendê- los. Não se sabe ao certo ainda quantos continuam encarcerados já que os órgãos de segurança tergiversam ou se negam a informar.
Muitos, inclusive, foram apanhados em encenações patéticas dos agentes da repressão, que plantam provas e forjam todo tipo de artifício para incriminar manifestantes e até mesmo simples transeuntes.
O certo é que, a exemplo dos anos do fascismo mais negro em nosso país, os ocupantes da gerência do velho Estado não toleram a mais mínima contestação por parte das ruas e reagem a ela da mesma maneira discricionária, criminalizando todo e qualquer um que ofereça mais que uma flor aos gendarmes armados até os dentes.
Nesse período se produziram atos de fascismo declarado por parte de governantes estaduais, com apoio irrestrito da gerência federal com a renegada Dilma, iracunda e desbocada, a insultar os manifestantes colando-lhes o desqualificativo de "arruaceiros", em coro, com a histeria de sempre do monopólio da imprensa. Mais ainda, covarde por não tocar sequer nos arquivos e crimes do regime militar, senão que encenar com uma burlesca "Comissão da Verdade", esmera-se nos procedimentos de despachar forças repressivas, mandar prender e encobrir vergonhosamente a situação de dezenas de presos políticos, tratados como os piores criminosos.
Foi também o caso de Cabral, no Rio de Janeiro, que, incomodado pelos protestos na porta de sua casa e com pena dos manequins de uma loja da zona Sul, cometeu um decreto que foi rapidamente apelidado de "AI-6", que até entre a reação causou espécie. Na ânsia de sufocar os protestos e dar rápida satisfação ao monopólio da imprensa e a seus patrões, o decreto criou uma tal comissão de investigação de atos de vandalismo, na verdade um DOI/Codi fluminense, que teria poderes quase ilimitados na área da repressão. Excetuando recuos pontuais devido a manifestações indignadas de renomados juristas, manteve-se a essência do decreto.
Esse é o retrato de um governo que promove a "caça às bruxas", mas não diz onde está Amarildo.
E ainda que seja sinistra a situação dos presos políticos participantes de manifestações populares nas cidades, ainda mais tenebrosa é a situação de outras pessoas encarceradas por motivos igualmente políticos, já que lutavam por melhores condições de trabalho e aumento salarial em grandes obras, a exemplo do ocorrido em meados de junho nas obras da Mineradora Anglo American em Conceição do Mato Dentro, região central de MG. Operários da empresa Montcalm (empreiteira a serviço da mineradora), que em greve aguardavam negociadores da empresa, depararam-se com tropas da Polícia Militar que chegaram agredindo e prendendo, provocando a revolta dos operários que incendiaram galpões que serviam de alojamento. Há denúncias de que pelo menos três deles estejam presos incomunicáveis e que nem mesmo os advogados têm acesso a eles, medida sustentada por alegados de crime de terrorismo emitidos pelo Tribunal de Justiça do estado.
A PM cercou ostensivamente o canteiro de obras, convertendo-o num verdadeiro campo de concentração, tal como tem sido a rotina nas obras do PAC como Jirau onde a Força Nacional de Segurança mantem-se acantonada no interior dos canteiros de obras.
O povo brasileiro repudia esse tipo de democracia das classes dominantes, ditadura para as classes exploradas e opressoras. As jornadas populares de junho/julho, por si só, não serão capazes de conquistar a democracia popular, mas apontam claramente que nada se pode esperar do velho Estado, posto que ele é o inimigo e verdugo do povo.
Na verdade a rebelião popular, ao rechaçar as principais instituições deste carcomido Estado e ao repelir com firmeza e energia os ataques brutais de seus aparatos repressivos, clamou e segue clamando por uma revolução. Que ouça quem tem ouvidos e veja quem olhos tem!

* O Jornal A nova Democracia é um jornal, que tem tido uma postura bastante correta diante dos últimos acontecimentos e por isso estamos publicando o seu Editorial e também por apoia-lo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Do blog do AND

“Eu voltarei… e serei milhões!”

http://blog.anovademocracia.com.br/
Por D. Aroeira


No célebre romance histórico de Howard Fast, “Spartacus”, há uma cena que em muito se assemelha ao momento político por que passa o país. O líder do exército revolucionário de escravos que abalou as bases do império romano envia uma carta ao Senado:
“No começo dos tempos, todos os homens eram iguais e viviam em paz, repartindo entre si o que possuíam. Mas agora existem duas espécies de homens, o senhor e o escravo. Somos, porém, mais numerosos que vós. Tudo que existe de bom na humanidade nos pertence”.
O desespero dos escravocratas romanos ao ouvirem à carta de Spartacus se assemelha ao dos políticos brasileiros. O mesmo sentimento invadiu o peito de Dilma Rousseff quando foi vaiada por sessenta mil pessoas na abertura da Copa das Confederações, tanto que não teve sequer coragem de comparecer à final do megaevento no Maracanã.
É evidente que há uma enorme diferença entre o grandioso império romano e o gerenciamento oportunista do estado semicolonial tupiniquim, mas, no fundamental, trata-se do mesmo fenômeno. Imperadores, facínoras e populistas de toda espécie agem da mesma forma quando acuados pela ira das massas rebeladas. Dilma Rousseff não será a primeira nem a ultima representante das classes dominantes a arvorar superioridade, estabilidade e progresso no momento em que seu governo desaba como um castelo de cartas.
E nem mesmo o Papa Francisco poderia contornar minimamente a situação, fez o que estava ao seu alcance: condenou a ganância dos ricos e a penúria dos pobres enquanto gastava milhões do tesouro público com sua enfadonha presença. O pontífice pôde ao menos fazer algum comprimo com as massas, mesmo que em nome de Deus e para depois da morte, os governantes semicoloniais, nem isso.
Aqueles que dizem representar o povo, quando tentam realizar qualquer medida, por mais demagógica que seja, esbarram sempre na impossibilidade de “governar para todos”. Não é possível a eles agradarem gregos e troianos e todas as vezes que são obrigados a fazerem uma opção, atendem, invariavelmente, aos interesses do capital.
Dados divulgados recentemente pela revista eletrônica Carta Maior são esclarecedores nesse sentido. O Brasil gasta com juros sobre a divida pública o equivalente a treze vezes o que será investido até 2014 no programa “Mais Médicos” e dez vezes o custo anual da “Bolsa Família”. A banqueirada embolsa anualmente, somente com a divida pública, cinco por cento do PIB, cerca de 200 bilhões de reais.
Apesar de todo o discurso triunfalista do gerenciamento oportunista está mais do que claro a falência do seu populismo rasteiro. A política do pão e circo se esgotou e agora só lhes resta incrementar a repressão, ampliar e aprofundar o fascismo. Mas onde há opressão, há resistência e povo é prodigo em forjar seus próprios e verdadeiros heróis. Teremos tantos Spartacus quantos forem necessários e não faltarão soldados  para o seu exército!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Nota denuncia da LCP-RO

Denúncia Grave: PM de Rondônia Faz serviço de pistolagem em Seringueiras
Desde o dia 4 de julho de 2013 policiais de Seringueiras e de São Miguel do Guaporé comandados pelo Tenente Lúcio e pelo Major Crispin estão sem ordem judicial dentro da fazenda Riacho Doce fazendo segurança particular para o latifundiário Artemiro Kraus.
A área em questão é uma área da União que a Justiça Federal de Rondônia já destinou para um projeto de assentamento e o latifundiário Artemiro Kraus, com a cumplicidade de autoridades da região, do INCRA de Rondônia e da Ouvidoria Agrária Nacional está grilando para regulariza-la via o programa Terra Legal.
Três dos policiais que atiraram nas famílias no dia 04-07-2013 foram identificados pelos seguintes nomes: Claudiney Dourado, Claudio Dourado e Oziel Fonseca. Todos os três são policiais de São Miguel do Guaporé.
Os camponeses que estavam acampados desde 2007 cansaram de esperar pelas promessas do INCRA e em dezembro de 2012 reocuparam a área, o que forçou a Justiça Federal a tomar a seguinte decisão: dos 6 lotes que compõem a fazenda Riacho Doce, 2 lotes seriam destinados para reforma agrária. Passado mais de 2 meses e nada foi feito pelo  INCRA mesmo tendo a Justiça Federal dado-lhe o prazo de 60 dias para assentar os camponeses na área.  Diante da morosidade e do descaso do INCRA os camponeses decidiram novamente reocupar a área.
Segundo denúncia recente de um servidor do próprio INCRA agentes deste órgão em Rondônia receberam 150 mil reais de Artemiro para que a decisão judicial não fosse cumprida e os camponeses não fossem assentados na referida área. Em uma visita no acampamento, a atitude do superintendente do INCRA foi muito suspeita, pois chegou a dizer que o INCRA não poderia cortar a área para assentar os camponeses porque não tem dinheiro sequer para pagar o topógrafo e informou ter pedido mais prazo na Justiça Federal para assentar os camponeses. Como o INCRA não tem dinheiro para pagar a topografia, se em reunião recente em Porto Velho, o Ouvidor Agrário Gercino disponibilizou 100 mil reais para a polícia de Rondônia reprimir camponeses? Dinheiro para assentar os camponeses não tem, mas dinheiro para a polícia reprimir os camponeses tem.
 Se os camponeses ocupam a terra a policia rapidamente aparece para reprimir, mas se o latifundiário está grilando as terras da União, a polícia lhe presta serviço de pistolagem. Os camponeses vão confiar em quem? Na justiça? Na polícia? Ou nas próprias forças?
Tudo que vier acontecer de agora em diante será de inteira responsabilidade do Ouvidor Agrário Nacional, do INCRA de Rondônia e do Governador Confúcio Moura.
 TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!
COMISSÃO DE ACAMPADOS DA ÁREA PAULO FREIRE III
 LCP- LIGA DOS CAMPONESES POBRES DE RONDÔNIA E AMAZÔNIA OCIDENTAL!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sócrates e a Copa no Brasil



Vídeo feito com a entrevista do Dr. 

Sócrates e a carta de um brasileiro

Estamos colocando esse vídeo, para buscar responder um pouco do que anda acontecendo, pois a figura do Dr. Sócrates é conhecida no mundo da bola e por mais que tentem apaga-la, não conseguirão, pois ele não foi um craque apenas dentro das quatro linhas, também o foi fora delas.
O povo esta tomando às ruas de todo o país em protestos, denunciando a falta de investimentos em Saúde, Educação, Saneamento Básico e etc., enfrentou com bravura e de forma decisiva toda a repressão na frente dos estádios que sediaram a Copa das Confederações, chegando a protagonizar uma verdadeira guerra popular contra os poderosos e a submissão dos gerentes de turno à FIFA.Colocou na ordem do dia a discussão desse corrupto jogo político e aponta novos horizontes.
Também publicamos uma carta que recebemos que se intitula “Carta de um brasileiro”, que de forma concisa expõe uma crítica contundente a esse espírito “patriótico”, que a grande mídia tenta impor ao povo e ao mesmo tempo tenta dirigir os sentimentos de cada um, ditando “o que é certo e o que é errado”, por isso vejam esse vídeo e leiam essa carta e se concordarem divulgue.





CARTA DE UM BRASILEIRO
        O “sou brasileiro com muito orgulho” entoa pelos quatro cantos do país. Sim, eu também me orgulho de ser brasileiro, de ser parte dessa sofrida nação que não baixa a cabeça, em que pese os capitães do mato[Nota de rodapé] do passado. Em que pese à polícia historicamente truculenta que temos (especialmente a paulista de nossos dias), acostumada a barbarizar o brasileiro pobre.  
Sim, sou brasileiro com muito orgulho, porque sou parte de uma história que se faz por ruas e praças tomadas por tantos brasileiros de carne e osso, dor e alegria, como eu e você, brasileiro que não foge à luta, pois agora sabe que por detrás de toda farda há um homem com medo da fúria popular, pois bombas, cassetetes e prisões já não os podem assustar. Brasileiro, moleque travesso, capaz de extrair poesia das pedras e estilhaçar vidraças de insônias patronais. Por isso é que eu digo, há brasileiros e brasileiros...  
Por exemplo, sob a mesma bandeira verde e amarela, há o brasileiro que sofre nas filas do SUS, e há o brasileiro, dono de convênio médico, a ganhar horrores com sua medicina privada. Há brasileiros e brasileiros e, sob a mesma bandeira, o filho do brasileiro endinheirado cursa universidade pública, mantida com impostos que todos pagam, enquanto o filho do brasileiro pobre, vítima de uma educação sem qualidade, é barrado pelo vestibular e acaba tendo de pagar uma universidade particular sem infraestrutura. Há brasileiros e brasileiros e, enquanto a maioria trabalha em Ordem, o Progresso do brasileiro banqueiro se faz notar. Por isso é que eu digo meu amigo, há brasileiros e brasileiros... 
Desses brasileiros, uns pagam transporte público caro, e vão e voltam do trabalho feito sardinhas em lata. Enquanto outros (donos das empresas desses transportes), com seus helicópteros, desconhecem os congestionamentos das grandes cidades. Cidades cada dia mais abarrotadas de gente brasileira, como eu e você. Em contrapartida, o campo torna-se um espaço fantasma, pois o agronegócio (de fazendeiros e empresários rurais, com pistoleiros e apoio de homens fardados), rouba terras, mata ou expulsa o brasileiro pobre do campo e floresta para tais cidades. Por isso, inchadas de tanta gente, as cidades só diminuirão a violência se houver uma política agrária de acesso a terra para todo aquele que queira nela plantar e colher.  
Sim, sou brasileiro, com muito orgulho. E me orgulho porque trago as glórias do passado fervendo nas veias de meu sangue índio, negro e caboclo. Por isso não posso esquecer os tantos brasileiros que ecoaram o grito por liberdade nessa pátria mãe gentil. Salve Zumbi[Nota de rodapé], Frei Caneca[Nota de rodapé] e Antônio Conselheiro[Nota de rodapé]! Eles, bem antes do Hino Nacional, colocaram a exigência de que o filho da pátria jamais poderia ficar deitado eternamente em berço esplêndido da miséria. Portanto, enquanto houver quem clame por justiça a chama da indignação continuará a riscar o céu de anil dessa pátria amada Brasil 


Junho de 2013
Assina: Um Brasileiro (nonada@outlook.com)

                                      
1 Encarregado de capturar os escravos foragidos no Brasil escravocrata. 2 Símbolo maior da rebeldia negra no Brasil colonialista do século XVII. Morto em 20 de novembro de 1695. 3“escritor de papéis incendiários”. Frei Caneca, português de origem, pernambucano por opção, foi um religioso e líder político contrário aos desmandos no Brasil imperial do século XIX. Fuzilado por seus algozes em 13 de janeiro de 1825. 4 Líder maior de Canudos, comunidade sertaneja livre da opressão do Estado republicano brasileiro. Morto em 22 de setembro de 1897.