quinta-feira, 24 de maio de 2012

Fim da greve dos metroferroviarios

Depois de intenso combate, os metroviários e os ferroviários de São Paulo aceitaram a contraproposta do TrT 

Em assembleia realizada no dia 23/05 último, os metroviários de São Paulo aceitaram a contra proposta oferecida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Isso mesmo, os metroviários e os ferroviários, aceitaram a contraproposta feita pela Justiça do trabalho, já que a chefia do Metrô e CPTM - em conluio com o gerente Alckmin, não avançaram nas negociações. Tanto os metroviários, quanto os ferroviários, só viram um caminho: GREVE!
A greve teve início as zero hora do dia 23 e foi terminar no fim da tarde. Os trabalhadores fizeram de tudo, para que a chefia do Metrô, oferecesse uma contraproposta até os últimos instantes, não havendo nenhuma, partiram pra luta. Desde o inicio da paralisação, o monopólio da comunicação, tratou de colocar sua artilharia, buscando aumentar ainda mais a pressão contra os funcionários do Metrô e da CPTM. Vários veículos deste monopólio tentou buscar exaurir os companheiros, com o intuito de criar pânico e aflição na população. Durante todo o período da greve, flashes ao vivo, foram exibidos, mostrando a situação do trânsito (249 km às 10h), recorde histórico.
A situação do transito, que é caótico em qualquer dia, foi o bordão principal nesse dia, causando a indignação da população - que cansada de sofrer com as condições do transporte, pagando uma tarifa absurda, resolve manifestar e exigir os direitos negados por esse velho e podre Estado e para chamar a atenção das autoridades, tomaram as duas pistas da principal via de acesso ao centro, não tardou para os cães-de-guarda aparecerem, estumados pelo gerente Alckmin. Chegaram jogando bombas de gás e de efeito moral, usando spray de pimenta, disparando tiros de balas de borracha e distribuindo pancadas de cassetetes e exibindo um verdadeiro arsenal de armas de grosso calibre. Alegando que estavam ali, para garantir o "Direto de ir e vir do cidadão" e desobstruir as duas pistas da Radial Leste. Mas e onde esta esse direito, quando ocorre as panes nos trens e metrôs?
A Radial Leste, se transformou em um campo de batalhas, entre os usuários e a matilha fardada do Estado - a serviço da chefia do Metrô e do gerente Alckmin.



A revolta dos populares foi uma clara demonstração de que o povo, não é passivo e esta disposto a ir a luta  e serviu para mostrar que embora os metroviários e os ferroviários não alcançaram totalmente suas reivindicações, os movimentos populares deve seguir por um caminho classista e combativo em sintonia com a massa de operários e camponeses e sem nutrir nenhuma ilusão nos algoz Estado "democrático de direito". Devido ao tumulto e a demonstração de combatividade dos funcionários, que lotaram as assembleias,  em clara demonstração de firmeza, a Justiça do Trabalho aumentou a primeira oferta:


Ofereceram aos metroviários: 6,17% de reajuste salarial, - Vale Refeição (VR) passará de R$ 19,88 ao dia para R$ 23,00  (21,05% de reajuste),- Vale Alimentação (VA) passará de R$ 150 para R$ 218 (45,33% de reajuste),- Adicional de risco de vida aos Agentes de Segurança (AS’s) e Agentes de Estação (AE’s) que aumentou de 10% para 15%.(50% de reajuste)
Também os funcionários da CPTM voltaram ao trabalho, decisão tomada em uma assembleia realizada logo após a audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). A contraproposta estabelece reajuste de 6,63% para a categoria e Vale-Refeição (VR) de R$ 20,00 por dia, além de outros benefícios a CPTM havia oferecido 6,17%.


As campanhas salariais dos funcionários do Metrô e da CPTM, teve um desfecho agilizado, por esses motivos, pois se tivessem acatados a ordem do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, estariam vendo navios como é o caso de outras regiões que estão em greves parciais. O patrão e o governo, só reconhece a força dos operários e trabalhadores, quando estão parados sem dar lucros a eles. Essa greve conjunta com os ferroviários, também serviu para lutarmos pela defesa do Direito de fazer Greve, que essa gerente do imperialismo Dilma Rousseff e seus asseclas, querem cortar, por isso o gerente Alckmin, ameaça impor uma multa de R$ 1 milhão de real ao Sindicato, para mante-lo na camisa-de-força invisível, que só aparece em momentos decisivos, mostrando a sua verdadeira face fascista e opressora do Estado, que além de ter atrelado os sindicatos, agora conta com essas centrais governistas e os pelegos lambe-botas e submisso. REAFIRMAMOS: "Perde menos, quem luta mais" e os funcionários do Metrô e da CPTM, mostraram determinação, mas há muito ainda que lutar, pois esse caminho é construído dia-dia e não em uma campanha salarial.
A greve acabou e os problemas dos funcionários do Metrô e da CPTM de São Paulo não. A população continua no mesmo sufoco de antes, só que longe dos holofotes desse monopólio da comunicação, que tem o caráter de servir seus amos: a burguesia o latifundiário e o imperialismo. Todos aqueles que se levantam contra eles, é execrado e tratado como criminoso, como é o caso dos operários presos de Jirau, onde os holofotes do monopólio das comunicações, os apontam como criminosos, não mostram como estão sendo tratados no presidio “Urso Branco”- anexo “Pandinha”, muito conhecido na prática de torturas e maus-tratos, condenado pelo órgão dos Direitos Humanos Internacional.
Convocamos a população a somar força na luta contra essa cambada e para isso achamos que a organização se faz necessário em cada região, não devemos nos iludir com candidatos e muito menos com oportunistas, que só aparecem para pedir o seu voto e desviar o verdadeiro foco da questão. Hoje lemos os informativos da CTB/PCdoB, da CSP-Conlutas/PSTU, entre outros movimentos sociais, cada um “puxando a brasa para sua sardinha”, uma chorando a perda do sindicato e outra falando da campanha como se fosse um grande feito. Sabemos das limitações jurídicas e da forma que os gerentes formulam as leis, que coloca os operários em uma verdadeira senzala, os trabalhadores saíram da escravidão propriamente dita e foram para a escravidão assalariada.
É hora de se organizar e dar um basta em todos esses politiqueiros, ao povo só resta um caminho e esse caminho não é fácil, há muito sacrifício, mas nada fácil presta. Temos de escrever a história com as nossas mãos e confiar apenas em quem nos ensina fazer e não em quem nos coloca em segundo ou terceiro plano. A luta dos funcionários do Metrô e da CPTM aconteceu por que as categorias já não aguentavam mais. Assim esta acontecendo em todo o país: professores, operários da construção civil, metalúrgicos, condutores, estudantes, camponeses, funcionários dos Correios e outros mais. Todos lutando contra as medidas impostas ao povo, de arrocho salarial e péssimas condições de trabalho. Temos de destruir esse modelo de “democracia”, sustentado a custa do sofrimento do povo e aperfeiçoado pelo partido único: PT/PCdoB/PDT/PMDB/PPS/PP/PTB/PR/PSDB/DEM e todos os que brigam para participar dessa farsa, apenas para legitima-la e iludir ainda mais o povo.
A nossa verdadeira liberdade, só virá com muita luta, não queremos apenas ir as ruas dizer que estamos famintos, desempregados, sem casas, sem saúde, sem escolas e etc., queremos destruir esse velho Estado burguês/latifundiário e construir um novo, onde haja realmente uma Verdadeira Democracia, que destrua o latifúndio, a grande burguesia e o imperialismo, verdadeiros câncer na vida do povo.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Greve dos metroviário

São Paulo dormiu assim em 22 de Maio:  


Companheiros, como já previsto, a caçada contra os trabalhadores do metrô e da CPTM, teve inicio pelo o monopólio de comunicação, que acusa sempre os trabalhadores de causarem caos. Isso porque age em conluio com o gerente de turno Geraldo Alckmin e a chefia do Metrô, esse monopólio tenta de todas as formas criminalizar as lutas dos trabalhadores e do povo pobre e defende os poderosos.  

O que não é esclarecido é: Por quê o Metrô esta constantemente dando pane no sistema? Por quê as tarifas do não baixam? Por quê esse setor só é essencial em épocas de campanhas salariais? Varias perguntas, que os usuários fazem constantemente, essa canalha não responde, mas tenta acusar quem luta contra essa camisa-de-força, que querem submeter todos os operários.

Comparem as tarifas do Metrô em algumas cidades do Brasil, que logo verá realmente a preocupação do gerente de turno Alckmin: Rio de Janeiro R$ 3,20 - Privada – São Paulo R$ 3,00 - Pública e privada –  Brasileia - R$3,00 nos dias úteis e R$2,00 nos fins de semana – Porto Alegre – R$ 1,70. Agora vem com essa ladainha que a luta dos metroviários tem haver com o ano eleitoral, pode até ser que há oportunista eleitoreiro nessa batalha, mas de forma alguma justifica a sua fúria contra a população hoje em Itaquera.

E acordou em 23/05 assim:



O levante da população em Itaquera, nos deixa claro de que lado deve estar os que lutam. Pois o gerente Alckmin, não poupou nenhum esforço para estumar as tropas da PM como verdadeiros cães-de-guarda, para reprimir com violência a justa revolta popular, lançando bombas, dando tiros de borracha e cacetadas.  Por outro lado, acompanhamos atônitos os desfechos do caso Cachoeira – que é tratado como um rei pelo monopólio de imprensa, que já anunciou em letras garrafais: “PIZZA!” Enquanto isso, condena os operários de Jirau, que lutam para garantir a subsistência.

Mostram pessoas com casos apelativos, para sensibilizar a opinião pública e criminalizar o legitimo direito de greve. Perguntamos: Por que esse monopólio de comunicação, não mostra aos usuários o que a Constituição Federal garante? Como por exemplo:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.


Vejam a sua argumentação:

 

O gerente acusa os trabalhadores do Metrô e da CPTM, de estarem descumprindo decisão da Justiça do Trabalho que determina o funcionamento de 100% da operação do Metrô no horário de pico e 85% nos demais horários, ou seja: SEM GREVE! Ameaça-os com a decisão do Ministério Público, que abriu um inquérito civil para apurar e responsabilizar os sindicatos dos metroviários e ferroviários pelo transtorno causado à população de São Paulo.

A situação do povo esta assim, devido politicas nefastas e ante povo, seguidas a risca por gerentes como Alckmin/Kassab, Cabral/Eduardo Paes, Anastasia/Márcio Lacerda, Dilma/Lula e demais gerentes, que servem de testas-de-ferro do imperialismo e da oligarquia financeira, sobretudo dos Norte-americanos.
Em momentos de crises, perde menos quem luta mais e não podemos esquecermos disso. Também é muito importante, ficarmos atentos para não cair no jogo do inimigo e crucificar os nossos amigos. Achamos que a greve do Metrô e da CPTM, sacrifica  a população, mas como disse os metroviários: “Se o governador esta realmente preocupado com a situação da população, libere as catracas e continue a negociação."

terça-feira, 22 de maio de 2012

Metroviários alertam: É Greve!!!

Metroviários de São Paulo decidiram:
GREVE!!!
Foto tirada na decisão dos metroviários pela greve, não
 deixa dúvidas de que a categoria estar decidida a lutar!
Os metroviários decidiram, na noite de terça-feira (22 de maio), entrarem em greve a partir da zero hora de quarta-feira (23 de maio). A greve é por tempo indeterminado. Os trabalhadores, que lotaram a quadra do Sindicato, não aceitaram a “contraproposta” do Metrô que não atendem se quer as mínimas necessidades do metroviário (4,15% de reajuste salarial e 1,5% de aumento real), pelo visto, o gerente Alckmin e a chefia do Metrô, menosprezaram até mesmo o direito de reposição da inflação do período, que foi de 5,37% e tenta empurrar a contraproposta: VA de R$ 158,57 e VR R$ 21,00 ao dia; que foi prontamente descartada pelos metroviários.
O gerente Alckmin e o TRT tentam intimidar os metroviários com ameaça de multar o sindicato, por cada dia parado e exigem:
100% dos metroviários deverão trabalhar amanhã nos horários de pico, ou seja, das 5h às 9h e das 17h às 20h, nos demais horários 85%, De acordo com a determinação da desembargadora do Tribunal regional do Trabalho da 2ª Região Anélia Li Chum, caso contrario, multa de R$100 mil reais por dia parado.
 Mais uma vez, esse velho e podre Estado burguês/latifundiário, tenta meter o trabalhador em uma camisa-de-força e tenta fazer força-los a aceitarem passivamente os arrochos de salário e a precarização do ambiente de trabalho, por isso, o Protesto Popular, convoca a todos, para apoiarem a luta dos metroviários de São Paulo, que decidiram em assembleia parar a partir das 0 hora de 23 de maio, por tempo indeterminado, até que o Metrô e o gerente Alckmin, atendam as reivindicações dos trabalhadores.
Nessa quarta 23 de maio haverá uma Assembleia Geral às 12 horas na sede do sindicato, para avaliar o movimento esse houve melhora na contraproposta. Os ferroviários que estão em campanha salarial, também decidiram cruzarem os braços a partir da 0 hora dessa quarta-feira nas linhas 11 – Coral e 12 – Safira da CPTM podendo ser ampliado para as demais, caso não seja atendido às reivindicações. No ano passado, essa dobradinha foi ensaiada, agora parece que vai.

Vejam as principais reivindicações dos metroviários:

1.     Reposição da inflação: 5,37% (índice ICV/Dieese)
2.     Aumento real de 14,99%
3.     Reajuste de 23,44% para VR e VA de R$ 280,45
4.     PR maior e igualitária
5.     Equiparação Salarial
6.     36 horas semanais/aumento da escala base
7.     Plano de saúde acessível para os aposentados
8.     Periculosidade sobre todos os vencimentos
9.     Risco de Vida de 30%
10.   Creche própria, aumento do auxílio-creche, extensão para os pais.
11.    Anistia aos demitidos de 2007
12.      Preenchimento correto da PPP
13.     2% do PIB para Transporte Público,
14.       Por um Metrô Publico Estatal, de qualidade e Redução da tarifa


Conclamamos:
Todo apoio a justa luta dos metroviários e aos ferroviários, pois o monopólio da das comunicações os transformarão em bandidos como sempre.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Acidente no metrô de São Paulo

DESCASO E FALTA DE COMPROMISSO: EIS AS PRINCIPAIS CAUSAS   DOS CONSTANTES ACIDENTES NO METRÔ DE SÃO PAULO! 


Mais um acidente no metrô de São Paulo, dessa vez a companhia não conseguiu esconder - como de costume, hoje (16/05)duas composições, que se deslocavam entre as estação Penha e Carrão  colidiram, causando tumulto e desespero aos usuários, de acordo com relatos de muitos, o Metrô ficou por cerca de 30 minutos sem fornecer informações do ocorrido, aumentando ainda mais o pânico. Os passageiros desceram às vias, depois de utilizarem o sistema de emergência, saindo pelas as portas e janelas. Segundo nota do Sindicato da categoria, esse acidente se deu devido ao constante sucateamento que o sistema metro-ferroviário. Várias pessoas foram vitimadas por esse descaso, segundo o monopólio de imprensa, mais de 100 usuários, foram acidentados - inclusive há suspeita de dois casos de traumatismo craniano e uma mulher que estava gravida pode ter problemas com o bebe.

Altino Melo dos Prazeres  - presidente do Sindicato, na hora do acidente, ele e a comissão estavam na mesa de negociações, quando recebeu a notícia do acidente, suspendeu a negociação e dirigiu-se para o local, ao chegar lá constatou que: “Não fosse à atuação do operador de trem, que ao perceber a falha do sistema aplicou a emergência, o acidente poderia ter sido mais grave”- Ressaltando ainda: “Se esse acidente tivesse ocorrido na Linha 4-Amarela, que é privatizada e onde os trens não têm operador, as consequências poderiam ser ainda piores”, completou.

Não é de hoje, que o nosso blog, vem denunciando a situação degradante e o descaso, que sofrem os usuários do metrô, isso devido à ganância e a falta de compromisso com a população, por parte dos gerentes de turnos. Os metroviários, que estão em campanha salarial, vem cobrando do Metrô, melhorias de trabalho e de segurança, denunciando o sucateamento e também a precarização dos trens, devido à terceirização - com o intuito de privatizar o Metrô.


Estamos conclamando a população, para se levantar contra esse descaso, a falta de compromisso desses canalhas, esta colocando em risco os usuários e precarizando ainda mais esse setor de transporte, que é a válvula de escape do trânsito caótico de São Paulo. Tais manobras também serve para as frações desse partido único usarem para se locupletarem eleitoralmente   para nós, não é apenas o PSDB e sim de todos os que ocuparam o posto: PMDB, PT, PDS(DEMOCRATAS) e seus satélites, entre eles PDT, PPS, PCdoB, PPL, PL e todos os demais que almejam o posto.


Nós do Protesto Popular, não apoiamos nenhum candidato e achamos que só o povo pode mudar essa situação e acabar com toda essa bandalheira.


ABAIXO O SUCATEAMENTO DO METRÔ!

LEVANTAR A LUTA PELA AMPLIAÇÃO DAS OBRAS DO METRÔ,PRINCIPALMENTE PARA ATENDER OS BAIRROS DA PERIFERIA!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

PELA IMEDIATA LIBERTAÇÃO DOS OPERÁRIOS DE JIRAU!



Estamos divulgando o pedido de apoio para os operários presos de Jirau,por entender, que a luta deles, faz parte da luta popular e contamos com o apoio dos companheiros que acompanham o nosso blog, desde já agradecemos. A matéria, foi extraída do Site da Liga Operária e deixa claro e chama-nos a enxergar além dos noticiários desse monopólio de imprensa:


Porto Velho, 16 de maio de 2012

Assunto: Operários de Jirau presos e torturados no Presídio Urso Branco, sem atendimento médico e correndo risco de morte.

Enviamos essa carta-denúncia a imprensa, ao governo, partidos políticos, entidades sindicais, e responsabilizamos diretamente ao governo federal Dilma Rousseff, governo de Rondônia Confúcio Moura, ministros Gilberto Carvalho, José Eduardo Cardoso e Edison Lobão, o PT, Pecedobê, PDT, a CUT, CTB, por qualquer dano ou outra coisa mais grave que vier a ocorrer com os companheiros operários grevistas da obra da usina hidrelétrica de Jirau – Rondônia, que estão arbitrariamente encarcerados no hediondo presídio Urso Branco (anexo “Pandinha”), em Porto Velho, sendo torturados, humilhados e recebendo o mesmo tratamento dispensado pelo Estado aos que são considerados como criminosos da pior espécie. Muito ao contrário do tratamento dado aos políticos ladrões e outros corruptos que metem a mão nos cofres públicos e outros que assassinam milhares de pessoas por fome ou “acidentes de trabalho”. O “crime” que alegam que foi cometido por esses operários foi a participação na paralisação por melhores condições de trabalho e melhores salários, ocorrida entre os dias 8 de março a 3 de abril/2012. São funcionários das empresas Construtora Camargo Corrêa e Enesa Engenharia, aprisionados desde os dias 4 e 5 de abril.
Os operários foram retirados algemados dos alojamentos ou hotéis onde estavam alojados, sequestrados e mantidos por 2 dias sem alimento e em cárcere privado dentro do canteiro de obras de Jirau e depois levados para o presídio de Urso Branco onde estão presos nas piores e mais degradantes condições. Os operários são obrigados a dormir no frio chão de cimento, é negado a eles colchões e até materiais de higiene e limpeza, bem como é restringida a visita de familiares. O operário Julimilson Souza encontra-se enfermo, sangrando pelo nariz e não tem acesso a qualquer tratamento médico, bem como os demais. Devido as péssimas condições carcerárias a que são submetidos, todos esses trabalhadores estão com diversos ferimentos espalhados pelo corpo, debilitados e deprimidos pela opressão. Estão jogados em celas separadas, superlotadas e junto com condenados tidos como de alta periculosidade e com as integridades físicas em risco.
Na esteira da repressão desencadeada contra a greve pela Camargo Corrêa, demais empreiteiras e governo federal Dilma Rousseff e estadual Confúcio Moura, foram demitidos mais de mil trabalhadores em Jirau e emitidos 24 mandados de prisão contra os operários João de Lima Fontinele, Cícero Furtado da Silva, Antônio Luis Soares Silva, Ismael Carlos Silva Freitas, Lucivaldo Batista Moraes Castro, Antônio da Silva Almeida, Elielson Silva do Nascimento, Sebastião da Silva Lima, Herbert da Conceição Nilo, Joilson Messias Tim, Leonilson Macedo Farias, José Ribamar dos Santos, Nailson Serrão Souza, Alexsandro Macedo Pinheiro, Silvan Oliveira dos Santos, Franklin Francisco de Carvalho, Roberto Carlos Pereira Lira, Antônio Genilson Machado da Silva, Noberto Amaral Filho, Jonas Cordeiro Bessa, Manoel Nascimento do Rosário, Jhonata Lima Carvalho, Julimilson Sousa de Oliveira, Carlos Moisés Maia da Silva.
O governo e a justiça agem em conluio e a serviço da classe patronal; acusa os operários de terem cometido crimes de “incêndio, dano, extorsão, formação de quadrilha ou bando, constrangimento ilegal e furto qualificado” e os mantêm ilegalmente aprisionados e sendo torturados no presídio masmorra de Urso Branco. O advogado Dr. Ermógenes Jacinto de Souza, a nosso pedido, fez levantamentos junto aos órgãos carcerários e localizou 12 operários presos no presídio Urso Branco (são eles, Joilson, Nailson, Alexsandro, Franklin, Roberto, Genilson, Noberto, Jonas, Manoel, Jhonata, Julimilson e Carlos); os outros 12 cujos nomes constam nos mandados de prisão não foram localizados até o momento e o Estado é obrigado a dar explicações sobre o paradeiro desses trabalhadores. Através de Habeas Corpus foram liberados os operários Franklin, Manoel e Joilson. Outro operário de Jirau, que não consta na relação dos 24 nomes, Raimundo Braga da Cruz Souza, 22 anos, foi também localizado preso no Urso Branco, acusado de “incêndio” e sua audiência de instrução e julgamento está marcada para o próximo dia 28 de maio, às 10:30 horas na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia.
Há fundadas evidências de que o incêndio que destruiu os alojamentos, no dia 3 de abril, foi feito pela própria construtora Camargo Corrêa, que tinha interesse em criar distúrbios para justificar o aumento da repressão sobre os trabalhadores e também devido aos grandes interesses econômicos que estão por trás da construção da usina hidrelétrica de Jirau (disputa judicial de pagamento de seguro, aditivo de contrato no valor de mais de R$ 1 bilhão e justificar atraso na obra).
Estes operários da UHE de Jirau estão sendo torturados e foram encarcerados em presídio sem passar por qualquer julgamento. Tal situação serve a politica de intimidação dos trabalhadores da construção, em particular das obras do PAC e estádios de futebol, que se levantam em todo o país realizando paralisações contra as péssimas condições de trabalho. A finalidade dessas arbitrárias prisões é uma só: frear as justas reivindicações operárias.
Os operários da construção e todos trabalhadores país devem levantar um grande clamor contra isso e contra o massacre cotidiano perpetrado pelas empresas nos canteiros de obras e demais locais de trabalho. Uma campanha de luta pela imediata libertação está sendo desenvolvida. Foi criada uma página na internet: http://liberdadeoperariosdejirau.blogspot.com.br/.
O movimento sindical classista do nosso país, independente e que não está no bolso do governo nem corrompido pelas empreiteiras exige: Liberdade para os companheiros grevistas de Jirau presos!
Abaixo o arrocho salarial e as péssimas condições de trabalho, trabalho escravo, mutilações e mortes nos canteiros de obras e demais locais de trabalho!

LIGA OPERÁRIA

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Estudantes da Unifesp/Guarulhos, ocupam a diretoria Acadêmica



 
Os estudantes do campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), cansados pelo descaso da reitoria, estão há 42 dias em greve. Em assembleia realizada no dia 3 de maio, cerca de 150 estudantes, em plenária do comando de greve, decidiram ocupar a diretoria da da Escola de Filosofia, Letras e Ciência Humanas (EFLCH) para pressionar uma negociação.
A decisão foi tomada após a Congregação (órgão máximo de decisão no campus) ter decidido apoiar a abertura de um processo de sindicância contra os estudantes em greve. A PRAE (Pro-Reitoria de Assuntos Estudantis) fez essa ameaça, endossado pelos professores da EFLCH. O absurdo é tanto, que tais professores, assumiram que: “Caso a PRAE decida deixar o processo, os próprios professores o conduzirão”.
Com este tipo de atitude, a situação ficou mais crítica, somado a ironia do reitor, que disse: “Só sentará para negociar, se os estudantes acabar com a greve”, o que, para muitos, acreditam ser uma forma debochada dessa reitoria querer acabar com o movimento.
Na Assembleia, que foi realizada no campus, foi apresentada a proposta de ocupação da Diretoria e a continuidade da reunião, proposta que foi aprovada e defendida pela maioria dos presentes e foi imediatamente colocado em prática e avisado aos funcionários, que se retiraram das salas. A Assembleia teve a sua continuidade. O Comando de Greve fez a divisão das tarefas à todos os participantes do movimento.
A GCM (Guarda Civil Metropolitana) compareceu na portaria, de maneira intimidativa, querendo falar com o Comando de Greve, alegando: “Estamos aqui para garantir a segurança dos funcionários”, mas logo foram embora. Há rumores afirmando que o pró-reitor Leduíno entrou em contato com um estudante, dizendo que estará nessa sexta-feira no campus para uma reunião. Segundo informação do Diretor Marcos Cesar Freitas, a PM não havia sido chamada.