quinta-feira, 24 de maio de 2012

Fim da greve dos metroferroviarios

Depois de intenso combate, os metroviários e os ferroviários de São Paulo aceitaram a contraproposta do TrT 

Em assembleia realizada no dia 23/05 último, os metroviários de São Paulo aceitaram a contra proposta oferecida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Isso mesmo, os metroviários e os ferroviários, aceitaram a contraproposta feita pela Justiça do trabalho, já que a chefia do Metrô e CPTM - em conluio com o gerente Alckmin, não avançaram nas negociações. Tanto os metroviários, quanto os ferroviários, só viram um caminho: GREVE!
A greve teve início as zero hora do dia 23 e foi terminar no fim da tarde. Os trabalhadores fizeram de tudo, para que a chefia do Metrô, oferecesse uma contraproposta até os últimos instantes, não havendo nenhuma, partiram pra luta. Desde o inicio da paralisação, o monopólio da comunicação, tratou de colocar sua artilharia, buscando aumentar ainda mais a pressão contra os funcionários do Metrô e da CPTM. Vários veículos deste monopólio tentou buscar exaurir os companheiros, com o intuito de criar pânico e aflição na população. Durante todo o período da greve, flashes ao vivo, foram exibidos, mostrando a situação do trânsito (249 km às 10h), recorde histórico.
A situação do transito, que é caótico em qualquer dia, foi o bordão principal nesse dia, causando a indignação da população - que cansada de sofrer com as condições do transporte, pagando uma tarifa absurda, resolve manifestar e exigir os direitos negados por esse velho e podre Estado e para chamar a atenção das autoridades, tomaram as duas pistas da principal via de acesso ao centro, não tardou para os cães-de-guarda aparecerem, estumados pelo gerente Alckmin. Chegaram jogando bombas de gás e de efeito moral, usando spray de pimenta, disparando tiros de balas de borracha e distribuindo pancadas de cassetetes e exibindo um verdadeiro arsenal de armas de grosso calibre. Alegando que estavam ali, para garantir o "Direto de ir e vir do cidadão" e desobstruir as duas pistas da Radial Leste. Mas e onde esta esse direito, quando ocorre as panes nos trens e metrôs?
A Radial Leste, se transformou em um campo de batalhas, entre os usuários e a matilha fardada do Estado - a serviço da chefia do Metrô e do gerente Alckmin.



A revolta dos populares foi uma clara demonstração de que o povo, não é passivo e esta disposto a ir a luta  e serviu para mostrar que embora os metroviários e os ferroviários não alcançaram totalmente suas reivindicações, os movimentos populares deve seguir por um caminho classista e combativo em sintonia com a massa de operários e camponeses e sem nutrir nenhuma ilusão nos algoz Estado "democrático de direito". Devido ao tumulto e a demonstração de combatividade dos funcionários, que lotaram as assembleias,  em clara demonstração de firmeza, a Justiça do Trabalho aumentou a primeira oferta:


Ofereceram aos metroviários: 6,17% de reajuste salarial, - Vale Refeição (VR) passará de R$ 19,88 ao dia para R$ 23,00  (21,05% de reajuste),- Vale Alimentação (VA) passará de R$ 150 para R$ 218 (45,33% de reajuste),- Adicional de risco de vida aos Agentes de Segurança (AS’s) e Agentes de Estação (AE’s) que aumentou de 10% para 15%.(50% de reajuste)
Também os funcionários da CPTM voltaram ao trabalho, decisão tomada em uma assembleia realizada logo após a audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). A contraproposta estabelece reajuste de 6,63% para a categoria e Vale-Refeição (VR) de R$ 20,00 por dia, além de outros benefícios a CPTM havia oferecido 6,17%.


As campanhas salariais dos funcionários do Metrô e da CPTM, teve um desfecho agilizado, por esses motivos, pois se tivessem acatados a ordem do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, estariam vendo navios como é o caso de outras regiões que estão em greves parciais. O patrão e o governo, só reconhece a força dos operários e trabalhadores, quando estão parados sem dar lucros a eles. Essa greve conjunta com os ferroviários, também serviu para lutarmos pela defesa do Direito de fazer Greve, que essa gerente do imperialismo Dilma Rousseff e seus asseclas, querem cortar, por isso o gerente Alckmin, ameaça impor uma multa de R$ 1 milhão de real ao Sindicato, para mante-lo na camisa-de-força invisível, que só aparece em momentos decisivos, mostrando a sua verdadeira face fascista e opressora do Estado, que além de ter atrelado os sindicatos, agora conta com essas centrais governistas e os pelegos lambe-botas e submisso. REAFIRMAMOS: "Perde menos, quem luta mais" e os funcionários do Metrô e da CPTM, mostraram determinação, mas há muito ainda que lutar, pois esse caminho é construído dia-dia e não em uma campanha salarial.
A greve acabou e os problemas dos funcionários do Metrô e da CPTM de São Paulo não. A população continua no mesmo sufoco de antes, só que longe dos holofotes desse monopólio da comunicação, que tem o caráter de servir seus amos: a burguesia o latifundiário e o imperialismo. Todos aqueles que se levantam contra eles, é execrado e tratado como criminoso, como é o caso dos operários presos de Jirau, onde os holofotes do monopólio das comunicações, os apontam como criminosos, não mostram como estão sendo tratados no presidio “Urso Branco”- anexo “Pandinha”, muito conhecido na prática de torturas e maus-tratos, condenado pelo órgão dos Direitos Humanos Internacional.
Convocamos a população a somar força na luta contra essa cambada e para isso achamos que a organização se faz necessário em cada região, não devemos nos iludir com candidatos e muito menos com oportunistas, que só aparecem para pedir o seu voto e desviar o verdadeiro foco da questão. Hoje lemos os informativos da CTB/PCdoB, da CSP-Conlutas/PSTU, entre outros movimentos sociais, cada um “puxando a brasa para sua sardinha”, uma chorando a perda do sindicato e outra falando da campanha como se fosse um grande feito. Sabemos das limitações jurídicas e da forma que os gerentes formulam as leis, que coloca os operários em uma verdadeira senzala, os trabalhadores saíram da escravidão propriamente dita e foram para a escravidão assalariada.
É hora de se organizar e dar um basta em todos esses politiqueiros, ao povo só resta um caminho e esse caminho não é fácil, há muito sacrifício, mas nada fácil presta. Temos de escrever a história com as nossas mãos e confiar apenas em quem nos ensina fazer e não em quem nos coloca em segundo ou terceiro plano. A luta dos funcionários do Metrô e da CPTM aconteceu por que as categorias já não aguentavam mais. Assim esta acontecendo em todo o país: professores, operários da construção civil, metalúrgicos, condutores, estudantes, camponeses, funcionários dos Correios e outros mais. Todos lutando contra as medidas impostas ao povo, de arrocho salarial e péssimas condições de trabalho. Temos de destruir esse modelo de “democracia”, sustentado a custa do sofrimento do povo e aperfeiçoado pelo partido único: PT/PCdoB/PDT/PMDB/PPS/PP/PTB/PR/PSDB/DEM e todos os que brigam para participar dessa farsa, apenas para legitima-la e iludir ainda mais o povo.
A nossa verdadeira liberdade, só virá com muita luta, não queremos apenas ir as ruas dizer que estamos famintos, desempregados, sem casas, sem saúde, sem escolas e etc., queremos destruir esse velho Estado burguês/latifundiário e construir um novo, onde haja realmente uma Verdadeira Democracia, que destrua o latifúndio, a grande burguesia e o imperialismo, verdadeiros câncer na vida do povo.

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