Os estudantes do campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo), cansados pelo descaso da reitoria, estão há 42 dias em
greve. Em assembleia realizada no dia 3 de maio, cerca de 150
estudantes, em plenária do comando de greve, decidiram ocupar a
diretoria da da Escola de Filosofia, Letras e Ciência Humanas
(EFLCH) para pressionar uma negociação.
A decisão foi tomada após a Congregação (órgão máximo de decisão no
campus) ter decidido apoiar a abertura de um processo de sindicância
contra os estudantes em greve. A PRAE (Pro-Reitoria de Assuntos
Estudantis) fez essa ameaça, endossado pelos professores da EFLCH. O
absurdo é tanto, que tais professores, assumiram que: “Caso a PRAE
decida deixar o processo, os próprios professores o conduzirão”.
Com este tipo de atitude, a situação ficou mais crítica, somado a
ironia do reitor, que disse: “Só sentará para negociar, se os estudantes
acabar com a greve”, o que, para muitos, acreditam ser uma forma
debochada dessa reitoria querer acabar com o movimento.
Na Assembleia, que foi realizada no campus, foi apresentada a
proposta de ocupação da Diretoria e a continuidade da reunião, proposta
que foi aprovada e defendida pela maioria dos presentes e foi
imediatamente colocado em prática e avisado aos funcionários, que se
retiraram das salas. A Assembleia teve a sua continuidade. O Comando de
Greve fez a divisão das tarefas à todos os participantes do movimento.
A GCM (Guarda Civil Metropolitana) compareceu na portaria, de maneira
intimidativa, querendo falar com o Comando de Greve, alegando: “Estamos
aqui para garantir a segurança dos funcionários”, mas logo foram
embora. Há rumores afirmando que o pró-reitor Leduíno entrou em contato
com um estudante, dizendo que estará nessa sexta-feira no campus para
uma reunião. Segundo informação do Diretor Marcos Cesar Freitas, a PM
não havia sido chamada.
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