domingo, 5 de maio de 2013

Greve dos professores em SP


Com muita determinação, professores da rede estadual reafirmaram a continuar em greve!




Mais uma vez os professores da rede estadual, lotaram a Paulista e reafirmaram sua determinação de se manterem na luta por melhores condições. Vinte mil professores em assembleia realizada no vão livre do MASP rechaçaram todas as tentativas do governo em dividir o movimento, mesmo quando houve uma queda de braço entre a oposição e a direção da APEOESP, que ficaram discutindo questões relevantes e quase dividindo a categoria, mesmo sob gritos de unidade!
A categoria de professores “O”, atingidos diretamente pelo projeto de sucateamento do ensino público, mostrou-se bastante determinados a lutar. Segundo a direção da APEOESP, a categoria “O”, pode não existir no próximo ano e os atuais professores (48 mil), podem perder o emprego. A categoria “O” foi criada pelo gerenciamento estadual, justamente para tentar conter os movimentos grevistas, pois desde o contrato que cerceia direitos garantidos aos demais professores, até o cúmulo de estipular a sumaria demissão caso haja mais de três faltas no ano (mesmo em caso de faltas comprovadas). Além disso os professores “O”, não recebem salários em períodos de férias, só ganham se estiverem trabalhando.
A categoria em geral reclama das condições que lhes são proporcionada, desde a insegurança, até a  restrição do horário de preparo das aulas, que na pratica não é cumprido a lei de 1/3 para preparo das aulas. A categoria acompanhou a calorasa disputa entre a oposição e a direção da APEOSP, que em muitos aspectos se igualaram, já que não se preocuparam em defender os interesses da classe e sim de grupos, que estão na disputa direta pela direção do sindicato.
A Bebel e os dirigentes da Apeoesp em todos os momentos passou recibo cheios de histeria para a oposição. Mesmo em locais que essa luta interna da direção, não ajuda, só atrapalha. A BEBEL preferiu soltar suas pérolas (na Secretaria de Gestão e na Secretaria de Ensino). 
A oposição aproveitando do destempero e da histeria da Bebel fez o seu papel, criticando e mostrando o ponto de vista. Desde a assembleia no MASP nas votações, até o fim da manifestação na Praça da República.
A categoria demonstrou seriedade e criticaram tais posicionamentos, segundo alguns professores: “Não é hora de dividir, sim de unir”, diante dos bate boca afirmaram: “Briga de grupos, estamos aqui lutando pela classe, isso veremos mais na frente!” Afirmou um grupo de professores que não se identificou.
A passeata parou no cruzamento entre Av. Paulista e a Rua Bela Cintra, pauco de “calorosos debates” (jogo de cena para alguns professores) e empurra, empurra, surgiu um furgão Fiorino com som, convocando os manifestantes a seguir em frente, parte dos manifestantes já havia virado para a Rua Bela Cintra. No som Antônio Carlos do PCO diz: “Vamo embora, vamo embora, vamo seguir em frente, tem que parar com joguinho, vamo...” apontando pela Paulista, ao notar o recuo de muitos professores, acusa o PSTU de querer colocar os professores para servir de saco de pancada para policia: “Cadê eles? O PSTU chamou para seguir em frente, só para posar de oposição... Eles viram a policia e recuaram? Nós não temos medo da polícia. Nós queremos deixar claro isso aqui, vamo seguir a passeata...”.
Essa afirmação  se deu, após as colocações de João Zafalão no carro de som, onde disse: “O problema é o seguinte, não estou nem discutindo aqui com o sindicato. Em primeiro lugar não é policia que decide pra onde vai a manifestação nossa como antes, beleza? Olha só, nó estamos propondo aqui, com dor no coração... nós tem que chegar à República o mais rápido possível...Eu propus aos companheiros um acordo simples aqui, que eu quero ver se vocês topam ou não? Que é simples: Agente vai descer, uma aqui,(apontando para a rua Bela Cintra) vira e Consolação e pra chegar na República... Mas eu acho que é importante agora tentar fazer isso, do que enfrentar, porque segunda-feira a greve nossa vai continuar independente de qualquer coisa...  ”
 Depois disso a passeata seguiu em frente da Secretaria de Gestão, ao invés da direção do sindicato dirigir-se apenas ao gestor Davi Zaia, preferiu atacar os que se opuseram em passar em frente a secretaria. Ao contrário do que afirmou no som, a PM dirigiu todo o percurso da passeata, inclusive fazendo um desvio sem nexo em frente da igreja da Consolação, fazendo um bloqueio impedindo que os manifestantes seguissem e virasse pela Av. Ipiranga. Na chegada à República, foi feito a unificação com os professores municipais, e lá mais uma vez a Bebel usou o som para passar recibo e dirigir-se para a oposição.
Nessa manifestação, o que ficou bem claro, foi a determinação dos professores em seguir lutando por melhoria e diante dos acontecimentos, ficou provado que só um sindicalismo classista e combativo é que vai por fim a esse modelo burocrático e totalmente atrelado as normas desse velho e podre Estado. Isso é tarefa de cada professor, devemos ter claro em mente, que a luta econômica se faz necessária, porém só a tomada do poder definitivo é que vai acabar com a exploração e opressão.
O Protesto Popular conclama os professores para essa luta, que vai além de uma simples campanha salarial. Para isso temos de varrer do nosso meio todo tipo de conciliação com o velho Estado e também o oportunismo e isso carecem de mais um pouquinho de tempo e organização. A justa luta dos professores deve ser apoiada por todos e é parte da luta de libertação do nosso povo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário