Com muita determinação, professores
da rede estadual reafirmaram a continuar em greve!
Mais
uma vez os professores da rede estadual, lotaram a Paulista e reafirmaram sua
determinação de se manterem na luta por melhores condições. Vinte mil
professores em assembleia realizada no vão livre do MASP rechaçaram todas as
tentativas do governo em dividir o movimento, mesmo quando houve uma queda de
braço entre a oposição e a direção da APEOESP, que ficaram discutindo questões
relevantes e quase dividindo a categoria, mesmo sob gritos de unidade!
A
categoria de professores “O”, atingidos diretamente pelo projeto de
sucateamento do ensino público, mostrou-se bastante determinados a lutar.
Segundo a direção da APEOESP, a categoria “O”, pode não existir no próximo ano
e os atuais professores (48 mil), podem perder o emprego. A categoria “O” foi
criada pelo gerenciamento estadual, justamente para tentar conter os movimentos
grevistas, pois desde o contrato que cerceia direitos garantidos aos demais
professores, até o cúmulo de estipular a sumaria demissão caso haja mais de
três faltas no ano (mesmo em caso de faltas comprovadas). Além disso os professores
“O”, não recebem salários em períodos de férias, só ganham se estiverem
trabalhando.
A
categoria em geral reclama das condições que lhes são proporcionada, desde a
insegurança, até a restrição do horário de preparo das aulas, que na
pratica não é cumprido a lei de 1/3 para preparo das aulas. A categoria
acompanhou a calorasa disputa entre a oposição e a direção da APEOSP, que em
muitos aspectos se igualaram, já que não se preocuparam em defender os
interesses da classe e sim de grupos, que estão na disputa direta pela direção
do sindicato.
A
Bebel e os dirigentes da Apeoesp em todos os momentos passou recibo cheios de
histeria para a oposição. Mesmo em locais que essa luta interna da direção, não
ajuda, só atrapalha. A BEBEL preferiu soltar suas pérolas (na Secretaria de
Gestão e na Secretaria de Ensino).
A
oposição aproveitando do destempero e da histeria da Bebel fez o seu papel,
criticando e mostrando o ponto de vista. Desde a assembleia no MASP nas
votações, até o fim da manifestação na Praça da República.
A
categoria demonstrou seriedade e criticaram tais posicionamentos, segundo
alguns professores: “Não é hora de
dividir, sim de unir”, diante dos bate boca afirmaram: “Briga de grupos,
estamos aqui lutando pela classe, isso veremos mais na frente!” Afirmou
um grupo de professores que não se identificou.
A
passeata parou no cruzamento entre Av. Paulista e a Rua Bela Cintra, pauco de “calorosos debates”
(jogo de cena para alguns professores) e empurra, empurra, surgiu um furgão
Fiorino com som, convocando os manifestantes a seguir em frente, parte dos
manifestantes já havia virado para a Rua Bela Cintra. No som Antônio Carlos do
PCO diz: “Vamo embora, vamo
embora, vamo seguir em frente, tem que parar com joguinho, vamo...” apontando
pela Paulista, ao notar o recuo de muitos professores, acusa o PSTU de querer
colocar os professores para servir de saco de pancada para policia: “Cadê eles? O PSTU
chamou para seguir em frente, só para posar de oposição... Eles viram a policia
e recuaram? Nós não temos medo da polícia. Nós queremos deixar claro isso aqui,
vamo seguir a passeata...”.
Essa
afirmação se deu, após as colocações de João Zafalão no carro de som,
onde disse: “O problema é o
seguinte, não estou nem discutindo aqui com o sindicato. Em primeiro lugar
não é policia que decide pra onde vai a manifestação nossa como antes,
beleza? Olha só, nó estamos propondo aqui, com dor no coração... nós tem que
chegar à República o mais rápido possível...Eu propus aos companheiros um
acordo simples aqui, que eu quero ver se vocês topam ou não? Que é simples:
Agente vai descer, uma aqui,(apontando para a rua Bela Cintra) vira e Consolação e
pra chegar na República... Mas eu acho que é importante agora tentar fazer
isso, do que enfrentar, porque segunda-feira a greve nossa vai continuar
independente de qualquer coisa... ”
Depois
disso a passeata seguiu em frente da Secretaria de Gestão, ao invés da direção
do sindicato dirigir-se apenas ao gestor Davi Zaia, preferiu atacar os que se
opuseram em passar em frente a secretaria. Ao contrário do que afirmou no som,
a PM dirigiu todo o percurso da passeata, inclusive fazendo um desvio sem nexo
em frente da igreja da Consolação, fazendo um bloqueio impedindo que os
manifestantes seguissem e virasse pela Av. Ipiranga. Na chegada à República,
foi feito a unificação com os professores municipais, e lá mais uma vez a Bebel
usou o som para passar recibo e dirigir-se para a oposição.
Nessa
manifestação, o que ficou bem claro, foi a determinação dos professores em
seguir lutando por melhoria e diante dos acontecimentos, ficou provado que só
um sindicalismo classista e combativo é que vai por fim a esse modelo
burocrático e totalmente atrelado as normas desse velho e podre Estado. Isso é
tarefa de cada professor, devemos ter claro em mente, que a luta econômica se
faz necessária, porém só a tomada do poder definitivo é que vai acabar com a
exploração e opressão.
O
Protesto Popular conclama os professores para essa luta, que vai além de uma
simples campanha salarial. Para isso temos de varrer do nosso meio todo tipo de
conciliação com o velho Estado e também o oportunismo e isso carecem de mais um
pouquinho de tempo e organização. A justa luta dos professores deve ser apoiada
por todos e é parte da luta de libertação do nosso povo.
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