quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sem casa de SP



Gerenciamento PT/Pecedobê e Caixa Econômica Federal fazem demagogia com o "Minha casa, minha vida"
    
De um tempo pra cá, os movimentos sociais de São Paulo, se organizam em tomadas de prédios abandonados e travando intensas lutas, porém há também um verdadeiro frenesi com relação ao novo gerente, que vem se utilizando da popularidade de ter sido eleito, principalmente por esse público. Cerca de 3 mil pessoas dos movimentos de luta por moradia, foram até a sede da prefeitura de São Paulo nessa quarta-feira (17), para exigir do gerente Fernando Haddad que ele cumpra as promessas feitas em campanha eleitoral. A manifestação contou com famílias e representantes de todas as regiões do município, convocados pelos movimentos que formam a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo. Apesar de o gerente ter descido do seu gabinete e subido no carro de som, para falar aos manifestantes, muitos ainda afirmaram que: “Vão continuar com o processo de negociação, pôs se não tem solução tem ocupação”- disse  um dos representante da União dos Movimentos.
Em uma tentativa desesperada de frear a fúria popular, que vem crescendo em torno da luta por moradia, o gerenciamento PT/Pecedobê, vem ocupando o espaço na mídia em horário nobre, o que não é nada barato. Fato é que em São Paulo a maior cidade do país, com 19 223 897 habitantes e um déficit habitacional imenso, além de: “O déficit de casas no Brasil ainda continua alto, em torno de 8 milhões de moradias, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A maior parte dos trabalhadores sem casa própria – cerca de 90% – recebem como renda mensal de zero a três salários mínimos. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) – considerado pelos movimentos a principal política do governo para responder à demanda – ainda é deficitário para eles. Os recursos disponibilizados são baixos (cerca de R$ 65 mil), os preços dos terrenos são altos e a relação com o banco é difícil. Articulações políticas do governo com o Partido Progressista (PP), que não tem tradição na promoção políticas de moradia e desde 2005 ocupa o Ministério das Cidades, também sinalizam que muitas lutas ainda deverão se travadas para que as famílias sem-teto tenham o direito constitucional garantido” Brasil de Fato. Pelos acontecimentos, vê-se que o tão propalado e defendido “Minha casa minha vida”, não passa de falácia e apenas responde com 20% de seus projetos, destinados para esse público, que, além de não atender as necessidades do povo, o coloca refém por 25 anos nas mãos da ciranda financeira e da especulação imobiliária, ainda beneficia diretamente as grandes empreiteiras, responsáveis pelo patrocínio em campanhas eleitorais.
Alguns manifestante (André), militante do MDF – Movimento de Defesa do Favelado que representa cerca de 40 favelas da Zona Leste afirmou que parte do que o prefeito falou, não é nenhuma novidade, pois são bandeiras históricas do movimento de luta pela moradia e acrescentou: “A nossa manifestação aqui hoje é pra reivindicar após três meses do prefeito Haddad é.. a concretização das promessas de campanha... Independente do tipo de governo, mesmo que ele se julgue democrático popular agente sabe que a pressão ela vem de todos os lados e a pressão popular é fundamental, pra quilo que realmente foi prometido se concretize... No nosso caso a urbanização de favelas... Não que a reurbanização seja motivos pra dar dinheiro a empreiteiras... Queremos regularizar as terras, que essa terra é uma terra nossa, onde construímos famílias agente quer morar”.
Outros movimentos de luta pela moradia começam a denunciar as falcatruas falar sobre o assunto, principalmente a denunciarem a forma que o gerenciamento achou para retribuir o dinheiro de campanha. Para Manoel do MMPT – Movimento de Moradia Para Todos “Esses projetos que estão surgindo, são verdadeiros “Ouro de tolo”...Essa questão das PPPs, ela parece uma coisa muito boa, mas quando você vai olhar os projeto, você vê que ela beneficia muito mais as empreiteiras do que os moradores... isso não é uma política de habitacional, é um projeto de construção pros privados terem lucros, não é um projeto de habitação.”-  afirmou
As mulheres, também relataram sobre o por que ter um número elevado de mulheres na luta, segundo Regiane Cristina (36) desempregada, moradora de Pirituba – Zona Oeste de São Paulo, ela esta na luta por moradia, para garantir um mínimo de conforto para o seu filho (06), afirma “... atualmente estou desempregada, justamente por não ter com quem deixar o meu filho, onde eu moro não tenho muito conhecidos e minha família mora longe... e justamente por isso é que eu estou nessa luta por uma moradia digna, por que pagamos aluguel e eu preciso arruma um emprego que de para mim trabalhar e revezar com o meu marido, para cuidar com o meu filho eu estou procurando para trabalhar a noite...”
Da mesma forma Adriane F. Carvalho (33) mãe de uma filha (07) fala de suas dificuldades e da sua luta por moradia: “... eu acredito sim que a mulher é guerreira, agente tira por tantas mulheres que estão aqui, de 15 até 80 anos, pela mesma luta, por que o salário aumenta e não é compatível com o que agente gasta, a inflação tá muito alta, o alimento a moradia subiu muito e agente não tem como deixar o nosso filho. Acho que o governo deveria criar mais escolas que passe o dia inteiro a criança, eu tenho uma filha e minha luta com ela e com meu marido (que trabalha uma noite sim outra não), eu tenho uma tarde que ele esta em casa pra levar ela pra escola outra não, mas eu acho que a grande dificuldade da gente é com moradia, pois se agente não pagasse aluguel, agente poderia ter dinheiro para pagar alguém para ficar com ela”.
Por esses depoimentos, podemos ver a situação do povo nas grandes metrópoles, que se espalham por todas as partes da cidade, procurando um local digno para se viver e que a cada dia cresce a vontade de se levantar para exigir seus direitos respeitados e que apesar do gerente Haddad, ter se esforçado para ludibriá-los, eles deixam claro que, vão voltar quantas vezes for necessário, com essas afirmações Gege representante do MMC – Movimento de Moradia da Cidade: “... Eu estou muito tranquilo em dizer, sem luta não haverá conquista! Eu estou muito tranquilo pra dizer, se nós não for pra rua, não vamos vencer!... deixamos muito bem claro, que o vencer nosso, não é o construir duas casas, o vencer nosso é uma política de habitação, por que daqui há quatro anos, sai Haddad e quem entrar vai dar continuidade...”.
Há de se ter bastante desconfiança, já que há várias promessas de construir casas para o povo pobre desde o lançamento do PAC1 por Luiz Inácio e agora gerenciado pela “MÃE do PAC” os programas habitacionais desse gerenciamento e de outros, não passam disso. Na verdade, como afirmado por alguns: “Esses projetos só visão o grande lucro para as grandes empreiteiras”. Os moradores do Morro do Bumba em Niterói, Xerém, Petrópolis no Rio e em todas as periferias das cidades das grandes cidades, que aumenta vertiginosamente o número de famílias em situação de rua (vide as moradias improvisadas debaixo de algumas marquises). Por isso temos de persistir na luta para exigir desse velho Estado uma política de Habitação realmente, sem fins lucrativos ou sob interesses mesquinhos eleitoreiros e fonte de riqueza para as grandes construtoras, que exploram seus operários ao máximo, além de repassarem a execução dos projetos para terceirizadas, que aliciam e colocam seus operários em situação análoga a escravidão, como divulgado em noticiários e o jornal A Nova Democracia, a Liga Operária e o Sindicato Marreta vem denunciando cotidianamente.


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