quinta-feira, 9 de maio de 2013

Matéria do Coletivo Bandeira Vermelha

Operários de telemarketing do “Grupo Provider”, da cidade de Osasco – SP realizaram, no último dia 2 de maio, uma paralisação de três horas em resposta às más condições de trabalho impostas pelos patrões. O local de trabalho dos operários, nas últimas semanas, esteve passando por obras de reforma sob o pretexto de “melhorar o ambiente de trabalho”. Ainda que em tais condições, os operários estavam sendo obrigados a trabalhar com nuvens de poeira suspensas no ar, resultantes das obras, inalando pó e tendo a saúde seriamente prejudicada.

Paralisação dos operários da empresa (foto tirada do celular de um funcionário)
Na primeira semana de maio, dois trabalhadores passaram por problemas respiratórios após haverem inalado as nuvens de poeira, e tiveram que ser hospitalizados. No dia 2, os operários chegaram ao local de trabalho testemunhando os computadores totalmente cobertos por poeira, o que fez com que cerca de 90% dos mesmos paralisassem os serviços. Os outros 10% dos operários, que faziam cobranças para o “Grupo Magazine Luiza”, foram obrigados a seguir trabalhando sob a supervisão dos gerentes. Contudo, após 1 hora de trabalho, quando uma trabalhadora grávida saiu da operação vomitando e sem conseguir respirar, os 10% em operação também paralisaram o trabalho e se juntaram à maioria restante.

Após a adesão total à paralisação, os patrões começaram a tentar sabotá-los, lançando ameaças de que seriam demitidos caso não voltassem a seus postos de trabalho. Apesar disso, mantiveram-se em paralização por mais 2 horas e meia até não aguentarem mais as ameaças de demissão e, devido a estas, retornarem ao trabalho. Cerca de quatro trabalhadores deixaram a empresa e voltaram no dia seguinte – após isso, passaram a ser insultados por uma das gerentes da empresa, que se referia a eles como “vagabundos que não sabem o que fazem aqui”.

     Computador da empresa, coberto de poeira
      (foto tirada do celular de um funcionário)
    Operários eram obrigados a inalar nuvens de
 poeira por conta das obras feitas em local fechado
Eis a forma como os patrões tratam a saúde dos trabalhadores em todas as áreas, especialmente no setor de telemarketing. Tais ações monstruosas feitas pelos capitalistas são uma amostra da necessidade de os operários do setor de telemarketing se unir para que, na marra, arranquem os direitos – atualmente inexistentes – dos patrões.



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