Operários de
telemarketing do “Grupo Provider”, da cidade de Osasco – SP realizaram, no
último dia 2 de maio, uma paralisação de três horas em resposta às más
condições de trabalho impostas pelos patrões. O local de trabalho dos
operários, nas últimas semanas, esteve passando por obras de reforma sob o
pretexto de “melhorar o ambiente de trabalho”. Ainda que em tais condições, os
operários estavam sendo obrigados a trabalhar com nuvens de poeira suspensas no
ar, resultantes das obras, inalando pó e tendo a saúde seriamente prejudicada.
![]() |
Paralisação dos operários da empresa (foto tirada do celular de um funcionário) |
Na primeira
semana de maio, dois trabalhadores passaram por problemas respiratórios após
haverem inalado as nuvens de poeira, e tiveram que ser hospitalizados. No dia
2, os operários chegaram ao local de trabalho testemunhando os computadores
totalmente cobertos por poeira, o que fez com que cerca de 90% dos mesmos
paralisassem os serviços. Os outros 10% dos operários, que faziam cobranças para
o “Grupo Magazine Luiza”, foram obrigados a seguir trabalhando sob a supervisão
dos gerentes. Contudo, após 1 hora de trabalho, quando uma trabalhadora grávida
saiu da operação vomitando e sem conseguir respirar, os 10% em operação também
paralisaram o trabalho e se juntaram à maioria restante.
Após a adesão
total à paralisação, os patrões começaram a tentar sabotá-los, lançando ameaças
de que seriam demitidos caso não voltassem a seus postos de trabalho. Apesar
disso, mantiveram-se em paralização por mais 2 horas e meia até não aguentarem
mais as ameaças de demissão e, devido a estas, retornarem ao trabalho. Cerca de
quatro trabalhadores deixaram a empresa e voltaram no dia seguinte – após isso,
passaram a ser insultados por uma das gerentes da empresa, que se referia a
eles como “vagabundos que não sabem o que fazem aqui”.
![]() |
Computador da
empresa, coberto de poeira
(foto tirada do celular de um funcionário)
|
![]() |
Operários eram
obrigados a inalar nuvens de
poeira por conta das obras feitas em local fechado
|
Eis a forma
como os patrões tratam a saúde dos trabalhadores em todas as áreas,
especialmente no setor de telemarketing. Tais ações monstruosas feitas pelos
capitalistas são uma amostra da necessidade de os operários do setor de
telemarketing se unir para que, na marra, arranquem os direitos – atualmente
inexistentes – dos patrões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário