A juventude
e o povo paulista tomam as ruas contra o abusivo aumento das passagens
Na última quinta-feira 6 de junho, a juventude paulista realizou
um dos atos mais contundente da história do movimento Passe Livre em São Paulo.
Forçando os meios de comunicação a colocando em pauta o aumento nas tarifas de
ônibus, metrô e trem (ocorrido em 2 de junho), as tarifas aumentaram em 6,7% e o
preço saltou de R$3,00 para R$3,20. Na quinta-feira feira o ato se iniciou em
frente ao teatro municipal e de lá tomou o viaduto do Chá, parando de frente a
prefeitura. Os manifestantes fizeram uma agitação grande agitação denunciando a
omissão do prefeito Fernando Haddad (PT) e o conluio com Geraldo Alckmin (PSDB)
no aumento.
de ordem “Se a passagem não abaixar SP vai parar!”, que contrastava com a barricada de fogo. Com a chegada da tropa de choque da PM, lançando bombas de efeito moral e balas de borracha, os manifestantes se dispersaram em grupos, partindo para o terminal Bandeira e Avenida 9 de julho, outro importante corredor de ligação entre o centro e bairros. No terminal Bandeira os manifestantes entoavam a palavras de ordens: “Se a passagem não abaixar São Paulo vai Parar!” e realizaram várias pichações em ônibus além de promoverem o famoso “pula catraca”, onde os passageiros pulam sem pagar a passagem. A Av. Nove de julho teve os dois sentidos interrompidos e mais barricadas com fogo e enfrentamento entre a PM e os manifestantes, que se espalhavam pela cidade, causando um verdadeiro caos às ordens públicas.
De lá os manifestantes marcharam firmes para o centro financeiro
de São Paulo e o principal da América Latina a Av. Paulista, concentrando-se de
frente ao MASP, principal ponto de manifestantes. O efetivo da polícia militar,
foi reforçado e nesse ponto o confronto ganhou maior proporção, tanto do
aparato repressivo, quanto dos manifestantes, que a todo o momento demonstravam
vigor e determinação. A PM se utilizou de todo o seu arsenal, para desobstruir
o trânsito e os manifestantes enfrentaram com o que encontravam pela frente,
mas firmes e decididos. Com a retirada em direção ao Shopping Paulista na Praça
Osvaldo Cruz, deixaram as marcas da batalha contra a PM (sacos de lixo em chamas, cestas de concreto e até mesmo uma guarita da
PM, além de todas as entradas das estações de metrô quebradas e pichadas). A
PM que contava com um grande efetivo, por terra e helicópteros que sobrevoavam
os manifestantes, procurou fazer o cerco e conter a manifestação. Por volta das
21hs, realizou um cerco aos manifestantes, que correram, sob os tiros de balas
de borracha e bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio, para dentro do
Shopping Paulista. A administração do Shopping fechou as partas e as pessoas
entraram em pânico, pois a PM estava atacando quem passasse na frente, pois não
sabiam quem estava no protesto, por se tratar de um protesto popular massivo.
Nesse momento do protesto, que já estava finalizando, a PM prenderam
o presidente do sindicato dos Metroviários de SP, sob a acusação de destruição
do patrimônio público e desordem, com ele mais de vinte outros manifestantes,
todos sob a mesma acusação. Os organizadores do movimento, terminou a manifestação do dia 06,
marcando outra para o dia 07 no Largo da Batata em Pinheiros e sob a palavra de
ordem “Amanhã vai ser maior!”, os
manifestantes se dispersaram.
Segue firme a Luta e amanhã vai ser melhor
No dia 07, o Largo da Batata aparece cercado pelo aparato militar,
os fotógrafos e cinegrafistas se posicionando em inclusive os seguranças da
Linha 4 do metrô. Tudo leva crer que dessa vez não haverá “baderna”. Os policiais se posicionam por
todos os lados e até às 17 horas parecia que não iria ocorrer o ato, mas a
juventude não tardou, chegou de todos os lados e rapidamente se aglomerou no
Largo e saíram em passeata, tomando rapidamente a pista, dessa vez mantendo o
corredor dos ônibus e logo tomaram a Av. Brigadeiro Faria Lima, uma via
bastante importante de São Paulo e em passos firmes cadenciados pela “banda do
MAL”. Os manifestantes seguiram e dessa vez fizeram o que a PM não esperava,
fecharam a via da Marginal Pinheiro no sentido Rodovia Régis Bittencourt (BR116).
Mais uma vez a PM se utilizou de bombas e tiros de bala de borracha para
dispersar os manifestantes, porém os mesmos mantiveram-se firmes até o momento
que acharam ter deixado o recado. Uma fotógrafa ficou ferida com estilhaços de
bombas lançadas pela PM.
Os
manifestantes retornaram para o Largo da Batata, próximo a estação Faria Lima,
onde houve mais enfrentamento deixando em caos a já caótica Av. Rebouças,
depois se manteve concentrados novamente no Largo da Batata e de lá a maioria
se dispersou, outro grupo menor seguiu pela Av. Doutor Arnaldo em direção a Av.
Paulista. O que mais uma vez deixou os policiais desorientados.
As
manifestações do dia 6 e 7, nos mostra a força que as massas têm e se essa
força for usada para alcançar um objetivo, com certeza esse será alcançado. São
vários os exemplos disso, um recente foi a revogação do preço das passagens em
Porto Alegre. Por isso a população deve engrossar o caldo e aderir às justas
manifestações, que se alastram pelo país a fora e terça-feira haverá outra em
São Paulo e terá a sua concentração na Praça do Ciclista às 17 horas (Av. Paulista com a Rua da
Consolação).
Maiores informações acesse:
http://saopaulo.mpl.org.br/
http://tarifazero.org/
Maiores informações acesse:
http://saopaulo.mpl.org.br/
http://tarifazero.org/
O POVÃO TEM QUE PROTESTAR SIM,CHEGA DE QUADRILHEIROS GOVERNANDO ESTA NAÇÃO,MATANDO E DESPEJANDO OS POBRES COMO SE FOSSEM LIXO.....UM SISTEMA PERVERSO QUE MATA EM NOME DE UMA SUPOSTA DEMOCRACIA.ESSES BURGUESES FILHOS DA MÃE,QUE SE ENRIQUECEM AS CUSTA DA MISÉRIA DO POVO....
ResponderExcluirabaixo também a alta tarifa de pedagio nas estradas...rodovias boas é obrigação do governo...
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