A matéria a
seguir, que foi divulgada por vários veículos de comunicação, mostra-nos os
absurdos de um país que esta na onda do desenvolvimentismo, onde vários
intelectuais afirmam estar em outra etapa do capitalismo, mas que não consegue
romper com o velho escravagismo, assim como se matem nas condições de semicolônia,
com resquícios de uma semifeudalidade. Um país onde se desenvolve de forma
covarde e sorrateira um capitalismo burocrático a serviço da oligarquia
financeira, sob o mando de pouco mais de 300 famílias que detém o capital
financeiro de todo o mundo. Por isso, não cansamos de fazer a defesa da
necessidade do proletariado se organizar e lutar contra tais barbaridades e
para isso acontecer, deve estar atentos e muito decididos a lutar, pois
enquanto se vende uma ideia de que o Brasil esta entre as mais ricas potências,
o povo brasileiro ainda trabalha sob a mais dura escravidão. Vejam a matéria e
opinem sobre o assunto:
28 pessoas que viviam como
escravas são encontradas em fazenda de erva-mate no Paraná
publicado em
27/02/2013 às 16h09 por Cláudio Roberto - BOL
Uma operação conjunta da Polícia
Federal (PF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) libertou na última segunda-feira (25) 28 pessoas que estavam em
situação análoga à escravidão numa fazenda em Inácio Martins (200 km a oeste de
Curitiba).
Ninguém foi preso. Segundo a PF,
os trabalhadores e filhos pequenos viviam em situação degradante, sem quaisquer
condições de higiene, alimentação precária e nenhuma assistência médica em meio
à mata nativa, onde faziam o corte de erva-mate. “Soubemos do caso porque um
trabalhador fugiu e relatou a situação. Na operação, vimos que o relato era
verdadeiro. Nos alojamentos, faltava comida e não havia leite para as
crianças.
A comida era, basicamente, biju
(mistura de farinha de mandioca com sal). Para enganar a fome, o empregador
dava cachaça ao pessoal”, informa Maurício de Brito Todeschini, delegado da PF
em Guarapuava (255 km de Curitiba).
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Foto divulgada pela PF, mostra como viviam os trabalhadores |
Dívida com o empregador
“Além disso, todos os
trabalhadores tinham dívidas com o empregador. É o esquema usual nesses casos,
em que se cobra pela comida e por alojamentos. Dessa forma, o trabalhador está
sempre devendo, fica impedido e nem sequer tem dinheiro para sair dali.
Fica configurado o regime de
escravidão”, diz o delegado. Em audiências que serão realizadas na tarde desta
quarta-feira (27), o MPT irá confirmar quem era o responsável legal pelos
trabalhadores. Os proprietários da fazenda e o contratante irão responder pelo
crime de Redução à Condição Análoga à de Escravo, que prevê pena de dois a oito
anos de prisão.
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