segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Metrô de SP

Sucateamento pode ter sido a causa
do descarrilamento em metrô de SP?
Um Vagão do metrô descarrilou nessa manhã de segunda-feira 05 de agosto de 2013, por volta das 11:50, entre as estações Santa Cecília e Marechal Deodoro, causando um verdadeiro caos no já caótico metrô paulista, segundo informes, não houve feridos. É o segundo caso em menos de uma semana, no sistema metroferroviário, em 30 de julho, ocorreu um descarrilamento na linha 7 Rubi no trecho entre as estações do Piqueri e Pirituba, na zona norte de São Paulo a CPTM abriu sindicância, para apurar as causas. Nessa manhã, foi a vez de uma composição do metrô sair dos trilhos e os passageiros tiveram que ser resgatados pelos funcionários. Durante o resto do dia, os usuários de todo o sistema e principalmente da linha 3 vermelha sofreram com o transtorno na volta para casa, só voltando a “normalidade” após às 21 horas. Não foi divulgada a causa do descarrilamento, mas a direção do metrô disse que “abrirá sindicância”. O acidente deva ter sido causado pelos constantes sucateamentos que a Companhia do Metropolitano vem sofrendo, devido as PP’s e o descaso dos sucessivos gerentes de turno, que deixam a segurança dos usuários nas mãos de empresas que estão sendo investigadas por formação de cartel veja investigações feitas pelo CADE..
E justamente, o acidente ocorreu em uma composição que foi reformada recentemente por uma empresa investigada no escândalo do “Propinoduto”. A TTrans criada em 1997, através na fusão entre a PEM Engenharia e Massimo Giavina-Bianchi, que constituíram uma aliança com a multinacional italiana Ansaldo/Breda, uma das maiores exploradoras do setor metroferroviário. Nos últimos tempos, os usuários do metrô e trens em SP, vivem um dilema de sufoco e sofrimento, o que só é lembrado em campanhas salariais dos metroviários na tentativa de ganhar a opinião pública a seu favor, porém após o término da campanha, há um silêncio, que só é rompido quando ocorre um fato como esse.
Os protestos que estão ocorrendo Brasil afora, estão fazendo despertar a consciência do povo e cabe a todos que queira realmente acabar com essas mazelas, não omitir fatos e cobrar em todos os fóruns, mas sem nutrir nenhuma ilusão em promessas vazias de conciliadores e legalistas, que só fazem o que a cartilha da burguesia permite e acusa os que lutam de “baderneiros” ou “vândalos”. A atitude de um sindicato classista deve ser o de chamar a opinião pública a seu favor em momentos assim e denunciar de forma inconciliável as mazelas desse velho Estado e conclamar a categoria e não apenas divulgar notas de repúdio, pois quando a categoria se organiza para deflagrarem-se em greve, logo aparece o Ministério Público e as leis para obrigarem os metroviários a trabalharem para não causar transtorno aos usuários, mas e quando ocorre um fato como esse o que esses mesmos órgãos fazem?
Por isso, não devemos deixar a chama apagar. As lutas que se iniciaram em junho pelo país, foram principalmente por melhorias no transporte público e o metrô é parte integrante disso. Alguns partidos como PSTU, PSOL, PCdoB e aliados, que atuam no sindicato e na federação dos metroviários de SP, deveriam ter conclamado a massa e a categoria e não ficar tentando achar chifres em “cabeças de cavalos”, fazendo acusações a grupos que não atuam de forma conciliadora.
Há uma gama de empresas terceirizadas que atuam nas PP’s, além da TTrans, Siemens, Alstom, Bombardier, Mitsui, CAF, e etc., formando um verdadeiro cartel como aponta as investigações.

Jornal A Nova Democracia nº 114*

Editorial - Liberdade para os presos políticos
"Democracia, como sabe vossa santidade, gera desejo de mais democracia. E inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida". Assim Dilma Roussef tentou explicar para o papa Bergoglio as jornadas de protesto popular de junho/julho, enquanto fora do Palácio Guanabara, onde ocorria a recepção ao chefe de Estado do Vaticano, outra manifestação era reprimida pela polícia do Estado reacionário gerenciado por Dilma/Cabral/Beltrame com a costumeira truculência.
Gente como Dilma (e todos os participantes da gerência PT/ PCdoB/FMI) enche a boca para falar de "democracia", "inclusão social" e "qualidade de vida", como se estivessem dando lições ao povo do que sejam essas quimeras vindas de suas cartilhas oportunistas eleitoreiras. E isto ao tempo que incrementam o aparato repressivo com o aumento desenfreado de seus efetivos, cria novos corpos como a Força Nacional de Segurança, ampliam os programas e planos de controle social – leia-se repressão sistemática – como UPP´s, Operação Paz no Campo, ademais das gestões por agravar a penalização de crimes contra a "ordem pública", novas tipificações de crimes e aprovação de lei antiterrorista.
A seguir a lógica estreita petista, poderia-se dizer que "miséria gera desejo por mais miséria". Claro, da parte do latifúndio, da grande burguesia, do imperialismo e dos lacaios que gerenciam seu velho Estado, é exatamente esse o desejo.
O oportunismo na gerência do velho Estado tenta se fazer passar pelo suprassumo da esquerda, tentando encaixar toda oposição à direita, posando de sérios e responsáveis aos seus amos, ao mesmo tempo em que potenciam seus programas assistencialistas da receita imperialista de "políticas compensatórias" na corporativização das massas mais empobrecidas.
Pois bem. É esse mesmo oportunismo, o rebotalho da política eleitoreira, que incrementou enormemente a repressão policial nas grandes cidades e no campo, que jogou exército, Polícia Federal e Força Nacional de Segurança contra povos indígenas, camponeses favelas com assassinatos e massacres e nos canteiros de obra do PAC com prisões, torturas e desaparecimentos ali mesmo, onde trabalhadores ousaram se rebelar contra o cativeiro operário.
E justamente quando a juventude do Brasil se levanta contra o velho Estado, contra a violência sobre o povo, rechaça o eleitoralismo de todas as siglas do partido único, em repúdio à corrupção endêmica, ao sistemático abuso de poder e privilégios absurdos das "autoridades", exigindo mais direitos, como o fim dos aparatos repressivos, etc., é que vemos a verdadeira face da "democracia" de PT e corriola.
E não é apenas na forma de cassetetes, bombas de gás, de efeito moral, spray pimenta, jatos d'água e tiros de balas de borracha e munição real que a democracia petista se expressa. Hoje é grave também a prisão política e maus tratos de milhares de manifestantes pelo Brasil e de dezenas que seguem encarcerados, vítimas de toda sorte de acusações infundadas, muitas inclusive "plantadas", como formação de quadrilha, porte de explosivos, terrorismo, e etc.
É quase impossível compilar números confiáveis do total de presos (próximo a 2 mil) pelos esbirros da reação durante os protestos e depois deles quando, absurdo dos absurdos, a polícia chegou a invadir casas de manifestantes para prendê- los. Não se sabe ao certo ainda quantos continuam encarcerados já que os órgãos de segurança tergiversam ou se negam a informar.
Muitos, inclusive, foram apanhados em encenações patéticas dos agentes da repressão, que plantam provas e forjam todo tipo de artifício para incriminar manifestantes e até mesmo simples transeuntes.
O certo é que, a exemplo dos anos do fascismo mais negro em nosso país, os ocupantes da gerência do velho Estado não toleram a mais mínima contestação por parte das ruas e reagem a ela da mesma maneira discricionária, criminalizando todo e qualquer um que ofereça mais que uma flor aos gendarmes armados até os dentes.
Nesse período se produziram atos de fascismo declarado por parte de governantes estaduais, com apoio irrestrito da gerência federal com a renegada Dilma, iracunda e desbocada, a insultar os manifestantes colando-lhes o desqualificativo de "arruaceiros", em coro, com a histeria de sempre do monopólio da imprensa. Mais ainda, covarde por não tocar sequer nos arquivos e crimes do regime militar, senão que encenar com uma burlesca "Comissão da Verdade", esmera-se nos procedimentos de despachar forças repressivas, mandar prender e encobrir vergonhosamente a situação de dezenas de presos políticos, tratados como os piores criminosos.
Foi também o caso de Cabral, no Rio de Janeiro, que, incomodado pelos protestos na porta de sua casa e com pena dos manequins de uma loja da zona Sul, cometeu um decreto que foi rapidamente apelidado de "AI-6", que até entre a reação causou espécie. Na ânsia de sufocar os protestos e dar rápida satisfação ao monopólio da imprensa e a seus patrões, o decreto criou uma tal comissão de investigação de atos de vandalismo, na verdade um DOI/Codi fluminense, que teria poderes quase ilimitados na área da repressão. Excetuando recuos pontuais devido a manifestações indignadas de renomados juristas, manteve-se a essência do decreto.
Esse é o retrato de um governo que promove a "caça às bruxas", mas não diz onde está Amarildo.
E ainda que seja sinistra a situação dos presos políticos participantes de manifestações populares nas cidades, ainda mais tenebrosa é a situação de outras pessoas encarceradas por motivos igualmente políticos, já que lutavam por melhores condições de trabalho e aumento salarial em grandes obras, a exemplo do ocorrido em meados de junho nas obras da Mineradora Anglo American em Conceição do Mato Dentro, região central de MG. Operários da empresa Montcalm (empreiteira a serviço da mineradora), que em greve aguardavam negociadores da empresa, depararam-se com tropas da Polícia Militar que chegaram agredindo e prendendo, provocando a revolta dos operários que incendiaram galpões que serviam de alojamento. Há denúncias de que pelo menos três deles estejam presos incomunicáveis e que nem mesmo os advogados têm acesso a eles, medida sustentada por alegados de crime de terrorismo emitidos pelo Tribunal de Justiça do estado.
A PM cercou ostensivamente o canteiro de obras, convertendo-o num verdadeiro campo de concentração, tal como tem sido a rotina nas obras do PAC como Jirau onde a Força Nacional de Segurança mantem-se acantonada no interior dos canteiros de obras.
O povo brasileiro repudia esse tipo de democracia das classes dominantes, ditadura para as classes exploradas e opressoras. As jornadas populares de junho/julho, por si só, não serão capazes de conquistar a democracia popular, mas apontam claramente que nada se pode esperar do velho Estado, posto que ele é o inimigo e verdugo do povo.
Na verdade a rebelião popular, ao rechaçar as principais instituições deste carcomido Estado e ao repelir com firmeza e energia os ataques brutais de seus aparatos repressivos, clamou e segue clamando por uma revolução. Que ouça quem tem ouvidos e veja quem olhos tem!

* O Jornal A nova Democracia é um jornal, que tem tido uma postura bastante correta diante dos últimos acontecimentos e por isso estamos publicando o seu Editorial e também por apoia-lo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Do blog do AND

“Eu voltarei… e serei milhões!”

http://blog.anovademocracia.com.br/
Por D. Aroeira


No célebre romance histórico de Howard Fast, “Spartacus”, há uma cena que em muito se assemelha ao momento político por que passa o país. O líder do exército revolucionário de escravos que abalou as bases do império romano envia uma carta ao Senado:
“No começo dos tempos, todos os homens eram iguais e viviam em paz, repartindo entre si o que possuíam. Mas agora existem duas espécies de homens, o senhor e o escravo. Somos, porém, mais numerosos que vós. Tudo que existe de bom na humanidade nos pertence”.
O desespero dos escravocratas romanos ao ouvirem à carta de Spartacus se assemelha ao dos políticos brasileiros. O mesmo sentimento invadiu o peito de Dilma Rousseff quando foi vaiada por sessenta mil pessoas na abertura da Copa das Confederações, tanto que não teve sequer coragem de comparecer à final do megaevento no Maracanã.
É evidente que há uma enorme diferença entre o grandioso império romano e o gerenciamento oportunista do estado semicolonial tupiniquim, mas, no fundamental, trata-se do mesmo fenômeno. Imperadores, facínoras e populistas de toda espécie agem da mesma forma quando acuados pela ira das massas rebeladas. Dilma Rousseff não será a primeira nem a ultima representante das classes dominantes a arvorar superioridade, estabilidade e progresso no momento em que seu governo desaba como um castelo de cartas.
E nem mesmo o Papa Francisco poderia contornar minimamente a situação, fez o que estava ao seu alcance: condenou a ganância dos ricos e a penúria dos pobres enquanto gastava milhões do tesouro público com sua enfadonha presença. O pontífice pôde ao menos fazer algum comprimo com as massas, mesmo que em nome de Deus e para depois da morte, os governantes semicoloniais, nem isso.
Aqueles que dizem representar o povo, quando tentam realizar qualquer medida, por mais demagógica que seja, esbarram sempre na impossibilidade de “governar para todos”. Não é possível a eles agradarem gregos e troianos e todas as vezes que são obrigados a fazerem uma opção, atendem, invariavelmente, aos interesses do capital.
Dados divulgados recentemente pela revista eletrônica Carta Maior são esclarecedores nesse sentido. O Brasil gasta com juros sobre a divida pública o equivalente a treze vezes o que será investido até 2014 no programa “Mais Médicos” e dez vezes o custo anual da “Bolsa Família”. A banqueirada embolsa anualmente, somente com a divida pública, cinco por cento do PIB, cerca de 200 bilhões de reais.
Apesar de todo o discurso triunfalista do gerenciamento oportunista está mais do que claro a falência do seu populismo rasteiro. A política do pão e circo se esgotou e agora só lhes resta incrementar a repressão, ampliar e aprofundar o fascismo. Mas onde há opressão, há resistência e povo é prodigo em forjar seus próprios e verdadeiros heróis. Teremos tantos Spartacus quantos forem necessários e não faltarão soldados  para o seu exército!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Nota denuncia da LCP-RO

Denúncia Grave: PM de Rondônia Faz serviço de pistolagem em Seringueiras
Desde o dia 4 de julho de 2013 policiais de Seringueiras e de São Miguel do Guaporé comandados pelo Tenente Lúcio e pelo Major Crispin estão sem ordem judicial dentro da fazenda Riacho Doce fazendo segurança particular para o latifundiário Artemiro Kraus.
A área em questão é uma área da União que a Justiça Federal de Rondônia já destinou para um projeto de assentamento e o latifundiário Artemiro Kraus, com a cumplicidade de autoridades da região, do INCRA de Rondônia e da Ouvidoria Agrária Nacional está grilando para regulariza-la via o programa Terra Legal.
Três dos policiais que atiraram nas famílias no dia 04-07-2013 foram identificados pelos seguintes nomes: Claudiney Dourado, Claudio Dourado e Oziel Fonseca. Todos os três são policiais de São Miguel do Guaporé.
Os camponeses que estavam acampados desde 2007 cansaram de esperar pelas promessas do INCRA e em dezembro de 2012 reocuparam a área, o que forçou a Justiça Federal a tomar a seguinte decisão: dos 6 lotes que compõem a fazenda Riacho Doce, 2 lotes seriam destinados para reforma agrária. Passado mais de 2 meses e nada foi feito pelo  INCRA mesmo tendo a Justiça Federal dado-lhe o prazo de 60 dias para assentar os camponeses na área.  Diante da morosidade e do descaso do INCRA os camponeses decidiram novamente reocupar a área.
Segundo denúncia recente de um servidor do próprio INCRA agentes deste órgão em Rondônia receberam 150 mil reais de Artemiro para que a decisão judicial não fosse cumprida e os camponeses não fossem assentados na referida área. Em uma visita no acampamento, a atitude do superintendente do INCRA foi muito suspeita, pois chegou a dizer que o INCRA não poderia cortar a área para assentar os camponeses porque não tem dinheiro sequer para pagar o topógrafo e informou ter pedido mais prazo na Justiça Federal para assentar os camponeses. Como o INCRA não tem dinheiro para pagar a topografia, se em reunião recente em Porto Velho, o Ouvidor Agrário Gercino disponibilizou 100 mil reais para a polícia de Rondônia reprimir camponeses? Dinheiro para assentar os camponeses não tem, mas dinheiro para a polícia reprimir os camponeses tem.
 Se os camponeses ocupam a terra a policia rapidamente aparece para reprimir, mas se o latifundiário está grilando as terras da União, a polícia lhe presta serviço de pistolagem. Os camponeses vão confiar em quem? Na justiça? Na polícia? Ou nas próprias forças?
Tudo que vier acontecer de agora em diante será de inteira responsabilidade do Ouvidor Agrário Nacional, do INCRA de Rondônia e do Governador Confúcio Moura.
 TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!
COMISSÃO DE ACAMPADOS DA ÁREA PAULO FREIRE III
 LCP- LIGA DOS CAMPONESES POBRES DE RONDÔNIA E AMAZÔNIA OCIDENTAL!