Sucateamento pode ter sido a causa
do descarrilamento em metrô de SP?
Um Vagão do metrô descarrilou
nessa manhã de segunda-feira 05 de agosto de 2013, por volta das 11:50, entre
as estações Santa Cecília e Marechal Deodoro, causando um verdadeiro caos no já
caótico metrô paulista, segundo informes, não houve feridos. É o segundo caso
em menos de uma semana, no sistema metroferroviário, em 30 de julho, ocorreu um
descarrilamento na linha 7 Rubi no trecho entre as estações do
Piqueri e Pirituba, na zona norte de São Paulo a CPTM abriu sindicância,
para apurar as causas. Nessa manhã, foi a vez de uma composição do metrô
sair dos trilhos e os passageiros tiveram que ser resgatados pelos funcionários.
Durante o resto do dia, os usuários de todo o sistema e principalmente da linha
3 vermelha sofreram com o transtorno na volta para casa, só voltando a “normalidade”
após às 21 horas. Não foi divulgada a causa do descarrilamento, mas a direção
do metrô disse que “abrirá sindicância”.
O acidente deva ter sido causado pelos constantes sucateamentos que a Companhia
do Metropolitano vem sofrendo, devido as PP’s e o descaso dos sucessivos
gerentes de turno, que deixam a segurança dos usuários nas mãos de empresas que
estão sendo investigadas por formação de cartel veja investigações
feitas pelo CADE..
E justamente, o acidente ocorreu
em uma composição que foi reformada recentemente por uma empresa investigada no
escândalo do “Propinoduto”. A TTrans criada em 1997, através na fusão
entre a PEM Engenharia e Massimo Giavina-Bianchi, que constituíram uma aliança
com a multinacional italiana Ansaldo/Breda, uma das maiores exploradoras do
setor metroferroviário. Nos últimos tempos, os usuários do metrô e
trens em SP, vivem um dilema de sufoco e sofrimento, o que só é lembrado em
campanhas salariais dos metroviários na tentativa de ganhar a opinião pública a
seu favor, porém após o término da campanha, há um silêncio, que só é rompido
quando ocorre um fato como esse.
Os protestos que estão ocorrendo
Brasil afora, estão fazendo despertar a consciência do povo e cabe a todos que
queira realmente acabar com essas mazelas, não omitir fatos e cobrar em todos
os fóruns, mas sem nutrir nenhuma ilusão em promessas vazias de conciliadores e
legalistas, que só fazem o que a cartilha da burguesia permite e acusa os que
lutam de “baderneiros” ou “vândalos”. A atitude de um sindicato classista deve
ser o de chamar a opinião pública a seu favor em momentos assim e denunciar de
forma inconciliável as mazelas desse velho Estado e conclamar a categoria e não
apenas divulgar notas de repúdio, pois quando a categoria se organiza para deflagrarem-se
em greve, logo aparece o Ministério Público e as leis para obrigarem os
metroviários a trabalharem para não causar transtorno aos usuários, mas e
quando ocorre um fato como esse o que esses mesmos órgãos fazem?
Por isso, não devemos deixar a
chama apagar. As lutas que se iniciaram em junho pelo país, foram
principalmente por melhorias no transporte público e o metrô é parte integrante
disso. Alguns partidos como PSTU, PSOL, PCdoB e aliados, que atuam no sindicato
e na federação dos metroviários de SP, deveriam ter conclamado a massa e a
categoria e não ficar tentando achar chifres em “cabeças de cavalos”, fazendo
acusações a grupos que não atuam de forma conciliadora.
Há uma gama de empresas
terceirizadas que atuam nas PP’s, além da TTrans, Siemens, Alstom, Bombardier,
Mitsui, CAF, e etc., formando um verdadeiro cartel como aponta as investigações.
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