Morticínio de jovens em
periferia é falta de saída desse velho e podre Estado fascista!*
Fernando Pereira de Melo, de 23 anos –desempregado, sem antecedente criminal, foi encontrado morto. |
Em
noite violenta, São Paulo, dorme e acorda com notícia de extermínio de jovens, como sempre na sua periferia dessa vez em Taboão da Serra. Tudo teve início, após a morte de um soldado PM Hélio Barros , desencadeando a "fúria" fascista na noite de segunda para terça-feira-8-9 de Outubro. Por volta
das 22h30, menos de uma hora depois da morte do PM, dois suspeitos de roubo
foram mortos por policiais. A PM negou envolvimento com o crime do policial.
Disse que os policiais estavam atendendo a ocorrência de roubo a pedestres e
que os mesmos teriam reagido e atirado para tentar fuga, caíram da moto e um
deles, Rodrigo Neves, de 20 anos, morreu no local. Mas segundo afirma um
vizinho: "Os Policiais viram que ele estava caído e deram vários tiros na
cara". O outro, André Felipe Oliveira Lima, de 16, foi levado ao hospital
e como sempre não resistiu. Vizinhos afirmam ainda, que "Policiais
mandaram todo mundo sair da rua”. Quem ficou apanhou. Para justificar as
mortes, a PM informou que apreendeu com eles, dois revólveres e a bolsa que
segundo eles pertencia a uma mulher, vítima dos assaltantes.
A
Região teve mais violência, promovida por dois carros, um prateado de cor
escura, aterrorizaram os moradores, segundo testemunhas, passava da meia-noite
quando homens fortemente armados efetuaram disparos de dentro de um Fiat Stilo
prata em três pessoas, que estavam na esquina da Rua Tereza Montez Sanches.
Elas tentaram escapar pulando muros de casas, mas o jovem, Fernando Pereira de
Melo, de 23 anos – desempregado e sem antecedente criminal, não conseguiu e foi
encontrado dependurado no portão de uma casa morto, estava espetado nas lanças
pontiagudas do portão. Outros dois, também baleados, mas que sobreviveram,
tinham passagem por roubo.
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Quantas mães ainda irão chorar a morte dos filhos? |
O
Stilo prata, com os francos atiradores, foi visto também atacando na Rua Sati Nakamura,
onde um homem se machucou tentando fugir e outro foi baleado na perna. Mais
quatro pessoas, foram vitimas de disparos, por volta das 1h30, na Rua Nicolau
Gentile, também em Taboão, só que dessa vez, foram atacadas por atiradores que
utilizavam um Logus preto. Fabio Julião Santos, de 32 anos, e José Gomes, de
31, com passagem por porte de drogas e irmão de um PM, não resistiram. Por
volta das 2 horas, dois homens sem antecedentes, Alex Sandro Pereira, de 29, e
Ricardo Evangelista Pereira, de 31, foram mortos na Rua João Antônio da
Fonseca. Segundo informações, foi visto um carro preto no local.
Para
familiares e amigos das vítimas, policiais promoveram o comboio de
assassinatos. "Estão matando para se vingar e não estão matando só
bandido. Estão indo na rua e matando qualquer um", afirmou um amigo de
Fabio Julião. Uma sobrinha de Ricardo Pereira disse que ele não era criminoso.
"Só estava na frente de casa conversando."
Mais
uma vez, a PM, aparece com suas palavrinhas mágicas do comando dizendo que:
"não compactua com irregularidades praticadas por seus integrantes" o
inquérito vai apurar o caso e solicita que testemunhas procurem a Corregedoria.
Caros leitores, aqui esta a senha para matar, pois quando a própria PM, não faz
o serviço, os grupos de extermínio o faz. As pessoas que foram mortas em Taboão
da Serra, Região Metropolitana de São Paulo, foram vítimas de uma hipocrisia
desse velho e podre Estado, que para justificarem-se perante a opinião pública,
diz que os policiais estão fazendo o seu trabalho e agiram perante a lei. Só
que esse mesmo Estado, que permite o seu braço armado matar, não permite que o
povo tenha o direito a defesa. Todos que se levantam contra essas mazelas, são
covardemente assassinados, ou colocados em um programa de “proteção” feita pelo
próprio Estado.
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Ônibus da Viação Vila Galvão, incendiado em ação de protesto em guarulhos, contra a chacina de três pessoas em 08/10/12 |
Mesmo
com as evidências, para o delegado, Gilson Leite
Campinas, os crimes aconteceram em locais específicos, motivo pela qual não é
para a população ficar preocupada com isso. “A polícia está empenhada para
tentar esclarecer os casos, o mais rápido possível”. Segundo dados
estatísticos, a morte de policiais em horários de folgas, tem aumentado em São
Paulo, mesmo com a “legalização do bico”, pelo gerente Kassab, que paga cerca
de R$120,00 por dia ao policial que presta “serviço” reprimindo e perseguindo
camelôs nas ruas de São Paulo. Nas redes sociais, como o facebook, surgem
expressões de pessoas, que propagandeiam e até fazem afirmações de apoio e
incentivo a esse tipo de atitude. Frases como essa: “Desde Janeiro policiais são assassinados em São Paulo. Basta!” A frase vem acompanhada do brasão da PM
com sangue e cobrança da população para que alguma manifestação seja realizada.
Em uma clara demonstração de envolvimento de PMs em atos desse tipo.
Na Baixada santista,
em cinco dias morreram 15 pessoas, dois PMs e 13 civis. “No domingo, após a
morte de sete pessoas em aproximadamente cinco horas, o secretário da Segurança
Pública, Antônio Ferreira Pinto, e o comandante da PM, Roberval França, estiveram
no litoral para conversar com integrantes dos batalhões da região. Membros da
Corregedoria da PM também foram deslocados para Santos.” Também, uma ação de um
grupo, que atearam fogo em um ônibus da Viação Vila Galvão, na Rua Jamil João
Zarif, no bairro Taboão - Guarulhos, segundo consta essa ação foi espontânea devido
a chacina onde 3 morreram e um ficou ferido, nessa Região.
Além disso, várias pichações surgiram em diferentes pontos da
cidade, principalmente nas periferias, tidas como violentas e antro de
marginais, pelo monopólio de imprensa, principalmente os sensacionalistas, que
vivem de execrar e humilhar os pobres. Há muito, esses fascistas, vêm
alimentando a cabeça do povo, com propagandas dessa violência, criando pânico e
terror na população, para justificarem o morticínio. Com isso, faz-nos,
relembrar a celebre frase de Malcon X: “Se você não for cuidadoso, os jornais farão
você odiar as pessoas que estão sendo oprimida e amar as pessoas que estão
oprimindo”.
Essa frase, responde e bem o que anda ocorrendo em nosso país,
onde, o monopólio de imprensa, faz constantes ataques ao povo, propagandeando o
culto a violência do Estado contra, os movimentos sociais e contra o povo, que
já não aguenta mais o sofrimento e levanta-se contra tudo que o oprime. As
mortes de pessoas nas vilas e favelas, das grandes cidades, é prova cabal de
que este velho e podre Estado burguês e latifúndio, não têm resposta para os
problemas do povo e só uma revolução de Nova Democracia, pode e tem que resolver
esses problemas. Devemos construir formas de resistências contra esses covardes
ataques e se hoje eles dizem que estão matando bandido, é por que esses jovens,
não tiveram e não têm como ser aproveitados nessa sociedade de classes, onde
que subtrai e esgota as riquezas produzidas pelos operários e camponeses. Temos
de construir o Poder Popular e as Assembleias do Poder de Nova Democracia, onde
a maioria e que decidirá o futuro e não essa minoria, que hoje nos explora. É
simples – claro e cristalino: Quem trabalha come, quem não trabalha, não come.
Abaixo o genocídio do povo
pobre!
Viva a Revolução de Nova
Democracia!