A sofrida
vida do povo pobre no Brasil da Copa de 2014
“Basta! ... Eu sei que
a mocidade
É o Moisés no Sinai;
Das mãos do eterno
recebe
As tábuas da lei!
Marchai!
Quem cai na luta com
glória.
Tomba nos braços da
história,
No Coração do Brasil.”
Castro Alves
Mais um Comitê foi criado no RJ pelo gerente Sérgio Cabral: "Comitê de Crises", que comportara várias Secretarias do Estado, tendo o foco nas catástrofes
Mais uma
vez acompanhamos atônitos as tragédias sofridas pelo povo, como não bastasse,
mais uma vez o sofrido povo da Baixada Fluminense – RJ. Em uma tragédia que devastou
casas, desalojando mais de 2.7 mil famílias em Xerém – Bairro Serrano de Duque
de Caxias RJ. Segundo informações há mortos e desaparecidos, até o momento duas
mortes, funcionário da CEDAE – Companhia Estadual de Água e Esgoto Enéas Paes
Leme e mais uma vítima.As imagens nos mostram a fúria em que as águas atingiram a região, fazendo-nos ver o quão violento é a fúria dos rios que são represados em seus cursos, agravado pelos dois meses sem a coleta de lixo, de responsabilidade do gerente municipal, executado pela A Locanty, que presta serviço de limpeza à prefeitura de acordo com a empresa a prefeitura, não efetuou o pagamento, o gerente Zito – derrotado no último pleito, afirma ter sido pago. O que importa-nos, é que o lixo acumulou e ambos os responsáveis tentam se absterem da culpa.
O fundo criado para contenção de enchentes, ninguém
sabe, para onde foi e muito menos quando serão utilizados. Agora, com a intensificação das chuvas e os desmoronamentos de encostas,
eles voltam a noticiar o Funde de Contenção e a denunciar a falta de
compromisso do poder público, o que estamos carecas de saber, principalmente
com os escândalos de corrupção e da falta de decoro dos parlamentares e de
todos escalões do poder com o povo. Só não houve mais
mortos, devido aos vizinhos e amigos, que acordaram com a enchente e
acordaram os que estavam
dormindo.
A população
teve mais um início de ano com destruição de sonhos de toda uma vida, devido
aos descasos dos gerentes estaduais e municipais, pois ao ser implantado o
Fundo contra enchentes, os municípios atingidos pelas catástrofes de 2010,
receberam recursos, só que até agora vem arrastando na justiça e na burocracia
desse velho e podre Estado, enquanto o povo vem enfrentando as diversidades e
fúrias da Natureza. Há informações, que o gerente do estado do Rio de Janeiro
Sérgio e o gerente municipal Eduardo paz, barraram na justiça projetos de
contenção de enchentes. Vejam alguns comentários sobre o assunto:
Enviado
por Luís Nassif, sex, 28/09/2012 - 13:20
Por
Alfredo Aachado
Nassif,
“A
indústria das enchentes é imbatível.
Lá se vão
quase dois anos, e tudo indica que a situação da maioria das localidades
atingidas permanece dependendo de obras de contenção e outras providências por
parte dos governos estadual e municipais.
Pelo que
pode ser entendido a partir do texto, 16 obras de contenção de encostas (em
região que apresenta elevado risco de acidentes) são capazes de causar grave risco à economia pública????
“...não há como ser deferido o pedido de forma
genérica (do MP) para todos os morros...”. Se, conforme induz o texto, o MP não indicou explicitamente as 16
localidades que devem receber obras de contenção, passa a ser uma conversa de
loucos.
“Seria
interessante que tanto o governo estadual quanto o MP e o TJ melhor detalhassem
esta questão, pois o texto permite mais de uma interpretação, deve conter
equívocos.”
"O
presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Manoel Alberto Rebêlo dos
Santos, suspendeu de uma só vez 11 liminares que obrigavam a realização de
obras de contenção em áreas de risco em Nova Friburgo, onde deslizamentos
mataram 409 pessoas, em janeiro de 2011. Foi a maior tragédia do gênero na
História no Estado.
O pedido
foi feito pela Procuradoria do Estado do Rio de Janeiro, e a medida revogou,
até o julgamento de apelação, os efeitos de decisões de três juízos do
município, que determinavam a prevenção de acidentes nos locais.”
“No presente caso, foram concedidas pelos juízes
(...) antecipações de tutela obrigando o Estado e o município de Nova Friburgo
a executarem, no prazo de 180 dias, obras em geral ou promover o reassentamento
dos moradores. Note-se que o cumprimento das antecipações de tutela poderá
repercutir sobre o orçamento público de forma gravosa, comprometendo, ao mesmo
tempo, a ordem administrativa em virtude da obrigatoriedade de realização de
obras ou reassentamento de famílias sem prévio planejamento urbanístico e
orçamentário”, escreve o presidente do TJ.
Segundo MP, Estado só interveio em seis de 254
encostas em "risco iminente”.
Praticamente todos os moradores abandonaram o bairro
de Córrego Dantas em Nova Friburgo
Desde a primeira decisão, de 28 de agosto e relativa
à capital do Rio, o MP passou a temer uma sucessão de derrotas no mesmo sentido
– o que, de fato, tem acontecido –, em recursos do Estado feitos ao
presidente do tribunal.
Em relação a Nova Friburgo, o Ministério Público
alega que, apesar das centenas de mortes ocorridas na cidade, a administração do município não fez “nenhuma
obra” para evitar futuras tragédias.
Os promotores
afirmam ainda que o Estado do Rio também fez “pouquíssimas intervenções, apenas
seis das 254 encostas em risco iminente”. “O MP pediu a realização de 16 obras,
nas áreas em risco muito alto mais densamente povoadas, conforme constatado pelos
próprios geólogos oficiais da União, Estado e Município”.”
“O Ministério Público alega ainda que há a
possibilidade da “desvinculação de receitas estaduais, permitindo livre
remanejamento de até 20% das receitas entre quaisquer pastas e projetos” e que
"há previsão do Programa Morar Seguro (prevendo centenas de milhões para
reassentamentos e obras de contenção de moradias em áreas de risco no Estado).”
Diante de
tais decisões, desse Estado Burocrático, onde se desenvolve um capitalismo
burocrático, voltado a atender em primeiro plano os amos (imperialismo das
grandes nações, principalmente o americano), o povo mais uma vez é vítima do
descaso e abandono. Setores da mesma que suspende projetos, determina que o
estado e o município ajam imediatamente é o caso da juíza Titular da 5ª Vara da
Fazenda Pública do Estado do Rio de Janeiro:
“A juíza Roseli Nalin, titular da 5ª Vara de Fazenda Pública do Estado do Rio, determinou que a prefeitura faça obras de contenção de encostas e planos de engenharia, geotecnia e intervenção urbanística em seis favelas do Maciço da Tijuca: Bairro Ouro Preto (Lins), Vila Cabuçu (Engenho Novo), Salgueiro (Tijuca), Morro da Fé (Vila da Penha), Caixa D’Água e Frei Gaspar (Penha). A magistrada relata, na sentença, que cabe ao poder público realizar intervenções necessárias nestas favelas de modo e possibilitar a mudança do “alto risco de escorregamentos e deslizamentos para o nível baixo” em até 180 dias. Em casos de médio risco aos moradores, o prazo é de 360 dias. Caso não cumpra cada obrigação, a prefeitura deve pagar multa diária de R$ 5 mil.” Jornal o Globo de 07 de Dez. de 2012
Tais
absurdos se dão de forma muito “normal” para esses parasitas, os fatos só vêm a
tona, quando ocorrem tragédias, vejam casos como Santa Catarina, São Paulo,
Minas Gerais, Nordeste e o próprio Rio de Janeiro. Por outro lado, o povo se
mobiliza em todas as regiões do país, para solidarizar-se com as vítimas – (Única
ajuda, que é de imediato). Por este motivo, uma grande massa de pessoas, inicia
a sua organização para denunciar os desmandos desses gerentes, nas últimas
eleições municipais com o maciço repúdio a farsa eleitoral, o povo deixa claro
a sua desilusão com esse sistema de exploração e opressão e com certeza, após
essas tragédias e o descaso, tende a aumentar ainda mais.
Enquanto
uma verdadeira multidão se mobilizou em mutirão prevendo a tragédia e a
destruição em Duque de Caxias e muitos outros municípios onde os gerentes
municipais deixaram de pagar as empresas responsáveis pela coleta de lixo, alegando
falta de verbas a mídia noticia as quão adiantadas obras para a Copa do Mundo
de 2014 e exibe os luxuosos estádios de futebol recém reformados, Castelão no
Ceará, Mineirão em Minas e o estádio Olímpico em Porto Alegre, sinal que para
esses “PALCOS” pelo visto, não falta recurso, haja vista as declarações de
tamanha luxuosidade nos detalhes e de afirmação em que “O Brasil esta em nível
do 1º Mundo” – orgulhosos com os resultados alcançados pela exploração de
milhares de operários submetidos a regimes de escravidão e opressão vide as
paginas da Liga Operária - www.ligaoperaria.org.br
e do Sindicato Marreta – www.sticbh.org.br,
que estão travando verdadeiras batalhas contra toda essa situação.
Assim
como a Natureza, se rebela contra os descasos de forma violenta, derrubando
tudo e todos que encontra pela frente, as massas estão a cada dia se rebelando
de forma mais decidida e determinada, cabendo a todos os revolucionários a se
prepararem para uma etapa decisiva na luta de classes, pois hão de precisar,
para varrer com esse Estado burguês-latifundiário e serviçal do imperialismo. É
um absurdo, enquanto que milhares e milhões, sofrem com essa exploração,
opressão e descaso, meia dúzia estão preocupados com a maquiagem para
enfeitarem o país com pompas, para agradar gringos e a burguesia, aonde o povo,
só será mero figurante, além de ficar cercado por tropas da repressão, para
garantir a “PAZ e HARMUNIA” para a gringaiada. Enquanto isso, vemos cenas
barbaras como essas de enchentes, assassinatos do povo pobre na cidade e no campo,
corrupções e o de gaiatos, que não estão nem aí para o povo e sim com eles
próprios, por isso, ao se levantar de forma ainda espontânea, o povo usa -
ainda que de forma inconsciente, a sua justa “VIOLÊNCIA”.
“Cresce,
cresce, seara vermelha,
cresce,
cresce, vingança feroz.”
Castro
Alves
Rebelar-se
é justo!
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