Descaso e destruição

Moradores de favelas em São Paulo em pânico, por conta dos criminosos incêndios

Nessa segunda-feira 03de Agosto, um incêndio, que teve o início por volta das 16hs, atingiu a favela conhecida como Morro do Piolho, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, o incêndio só foi controlado após uma luta intensa dos bombeiros, que utilizaram 20 carros, para conter as chamas, que só foram controladas no final da tarde, por volta das 19hs. A Defesa Civil avaliou que, 285 barracos foram atingidos pelo fogo. E disse que três pessoas ficaram feridas e estima que 1.140 pessoas perderam seus barracos e ficaram desabrigadas. Os assistentes sociais fizeram o cadastramento das famílias para levá-las para abrigos provisórios.

Moradore correm para salvarem o pouco que tem

O incêndio interditou os acessos da Avenida Roberto Marinho e da Avenida Washington Luís, por quase 1 hora. Mais uma vez o “laudo” prévio, feito pelos Bombeiros, diz o incêndio “pode ter sido causado” por “gatos” (ligação clandestina de luz), diagnóstico bastante “convincente”, já que a periferia brasileira é um verdadeiro emaranhado de fios, tanto pelos moradores, quanto das concessionárias, que não fazem manutenção adequada nas redes de distribuição (exemplo: as explosões de bueiros no Rio e em São Paulo). “Segundo os bombeiros, a capital paulista já teve 32 incêndios em favelas desde o início deste ano. Em 2011, o Estado de São Paulo teve 79 ocorrências de fogo em favelas --número mais baixo registrado desde 2008, quando 130 favelas pegaram fogo” www.folha.uol.com.b

Mas há de se ter em conta, que deve ser feito mais a fundo essas investigações, pois há fortes indícios de atentados criminosos, para forçar a desocupação de áreas, não se pode afirmar, mas devemos questionar, tendo em vista o alto índice de incidentes, principalmente em locais de disputa com a especulação imobiliária.

Morador cansado de lutar contra o icêndio e desolado com a destruição

Conclamamos os moradores de Vilas e favelas, para enviarem denuncias e se organizarem para evitar esse tipo de “acidente”, pois não temos pra onde ir, a não ser ficarmos empilhados como entulhos, em albergues e abrigos sem nenhuma infraestrutura, pior do que as já humilhantes condições a que somos submetidos nas periferias. Temos de nos organizar e ir construindo tijolo, por tijolo, o Poder Popular, temos de acreditar em nossas próprias forças, os políticos estão preocupados com os mensalões e com as mordomias e só lembram de nós em épocas de eleições. Cresce em todo o país o repúdio a essa farsa, mas só repudiar não é a saída, devemos nos organizar nos bairros, vilas, fábricas, escolas e etc..