sexta-feira, 3 de junho de 2011

Direção do Sindicato de Campinas impõe fim a Greve dos trabalhadores sem obter reivindicações totalmente atendidas

Trabalhadores da cidade de Campinas, em greve por varias semanas, reivindicavam melhores condições salariais, contra o abusivo aumento da taxa de IPTU, e contra a escancarada corrupção dos gerentes municipais, tiveram as mobilizações esmagadas pela direção de seu sindicato. Reproduzimos o texto do blog: http://grevedosservidorescampinas.blogspot.com/

A história se repete: direção sindical autoritária desrespeita servidores em assembléia.
Depois de uma greve que em grande medida unificou a categoria, nosso sindicato impôs uma derrota aos trabalhadoras e trabalhadores, manipulando os espaços de deliberação do dia de hoje.
Na última sexta-feira, a direção sindical e a comissão permanente de negociação (CPN) foram chamados para uma reunião de conciliação na justiça, onde foram discutidas as questões da categoria. Apesar da assembléia não ter dado autorização, a sra Rosemary Borges, membro da CPN, defendeu na mesa a proposta de reajuste de 8%, o que o governo acatou.
Os membros da CPN - exceto o Jaime, da saúde - e a direção do sindicato tinham a intenção de fechar o acordo na sexta feira mesmo, sem a consulta à categoria. Somente acertou-se que iria ser discutido na categoria depois que o juiz sinalizou isso.
Hoje na setorial da Educação, foi aprovada de forma confusa e arbitrária a posição pela aceitação da proposta do juiz. As pessoas não puderam defender suas posições, quaisquer que fossem. Haviam pessoas interessadas em aproveitar o momento e apresentar contra-proposta de reajuste, defender não reposicão de horas para toda a categoria, e negociacao de pautas especificas de cada setor, mas isso não foi possível pois a direção sindical estava apenas interessado em discutir a aceitação do acordo, e nada mais.
Na assembléia a coisa ficou pior: apesar de ter sido aprovado nas setoriais que a proposta deveria ser aceita, a forma como a direção sindical encaminhou nas setoriais acabou por mudar a opinião de muita gente. Muitos que votaram nas setoriais por aceitar o acordo mudaram seus votos e na assembléia votaram pela não aceitação.
Isso fez com que claramente a posição vencedora foi a de rejeitar o acordo judicial e construir uma mesa de negociação onde possamos avançar. Infelizmente, num ato de truculência e autoritarismo, a direção sindical deu como vencedora a proposta minoritária, atropelando a categoria.
Apesar das solicitações de recontagem, a truculência imperou e a direção sindical desligou os microfones e foi correndo ao tribunal assinar o acordo com o juiz. Se a recontagem fosse feita, a categoria teria acatado com tranquilidade a proposta vencedora.
O conluio com o governo, por parte do sindicato, foi de tamanha publicidade que antes mesmo de terminar a reunião de conciliação na justiça a imprensa já noticiava o acordo e o final da greve: assuntos de amanhã na assembléia. E o pior: noticiaram que a assembléia aceitou o acordou com 90% de adesão! Quem estava lá pode ver que não foi isso o que ocorreu.
Apesar destas posturas autoritárias, a greve está sendo construída com o suor do funcionalismo combativo e isso não deve ser desconsiderado!
Amanhã (31/05) às 13h teremos setoriais e assembléia para discutir o termo judicial acertado hoje.



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