terça-feira, 16 de novembro de 2010

Para o Silvio Santos R$ 2 bilhões e

500 milhões, além dos R$ 739,2

milhões doados pela CEF.

E para o salário mínimo?

Só a miséria de R$ 540 à 580 reais?


Nem bem acabou o teatro da farsa eleitoral com suas falsas promessas e mentiras, dois novos escândalos põem novamente a nú e de maneira crua o verdadeiro caráter de classe desse Estado e de seus gerentes de turno e a quem servem.
1 – Ao contrário das promessas eleitoreiras de melhorar a vida dos trabalhadores, de valorizar o salário mínimo, etc., o governo FMI-Lula-Dilma apresenta agora a proposta de reajuste miserável de 5,15% para o salário mínimo, ou seja, apenas R$ 28. No máximo, acenam com a possibilidade do reajuste do salário mínimo chegar a R$ 550 reais. A pelegada das centrais sindicais, faz coro com o arrocho imposto pelo governo e reivindica apenas um reajuste no valor de R$ 580.
Já na proposta de Orçamento para 2011, que está em discussão no Congresso, é previsto aumentar para R$ 28 mil o salário dos ministros do STF e puxar para o mesmo patamar os salários da presidente da república, dos ministros, dos senadores, dos deputados federais e em efeito cascata de toda cúpula do aparato de Estado. Dilma Rousseff e curriola teriam então reajuste de 145,6%.
O Congresso brasileiro gasta, segundo pesquisa da organização Transparência Brasil, R$ 11.545 por minuto. De acordo com levantamento do site “Congresso em Foco”, cada um dos 513 deputados federais custa pelo menos R$ 99 mil por mês. Cada um dos 81 senadores custa pelo menos R$ 120 mil por mês. Por quê? Por causa dos extras. Auxílio moradia, passagens aéreas, postagem, telefone, gasolina, carros, gastos de gabinete, plano de saúde. Para “contratação de funcionários”, cada senador dispõe de R$ 82 mil por mês e cada deputado federal de R$ 60 mil por mês. E ainda há, além do 13º salário, o 14º e o 15º, disfarçados de “ajuda de custo” no início e no fim do ano (auxilio paletó, etc.).
Na hora de aumentar os seus próprios rendimentos, os burocratas do governo esquecem-se das falácias proferidas quando discutem o reajuste do minguado salário mínimo; as repetidas conversas fiadas de “impacto nas contas previdenciárias”, “déficit público”, “responsabilidade fiscal”, e toda gama de termos tecnocratas que acionam para justificar a não concessão de reajustes decentes para o salário mínimo.
Toda mordomia é garantida para a malta de burocratas que gerenciam o podre Estado brasileiro, e o arrocho e a miséria é imposta aos cerca de 19,1 milhões de segurados que recebem o piso do INSS e outros tantos milhões de trabalhadores no país que também recebem apenas o salário mínimo. O salário mínimo de fome do governo FMI-Lula-Dilma não ultrapassa nem a proposta da finada candidatura José Serra, de R$ 600.  Para o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, as declarações da oposição sobre aumento no reajuste para R$ 600 em 2011 é “trololó”.
Com seus altos salários garantidos, além do “por fora” dos seus habituais esquemas de “mensalão”, dinheiro nas meias, nas cuecas, prevaricação, tráfico de influência, uso de informações privilegiadas, etc., os elementos oportunistas que ocupam postos na gerência desse podre Estado pouco se importam com a miséria dos trabalhadores e fazem de tudo para manter o arrocho e agradar seus amos capitalistas.
Apesar do propalado crescimento da economia dos últimos anos, os oportunistas instalados comodamente no governo, nem lembram de prevalecer o salário mínimo estipulado na Constituição Federal. Segundo cálculos do DIEESE, o trabalhador brasileiro deveria receber, hoje, R$ R$ 2.132,09. Mas cerca de um terço dos trabalhadores recebe apenas R$ 510,00 por mês.
Quando estavam na oposição, os partidos governistas e os sindicalistas das centrais sindicais sempre se referiam ao mínimo calculado pelo DIEESE. Hoje, instalados nos altos e rentáveis postos do governo se esqueceram que a Constituição Federal define, em seu artigo 7º, item IV, que é direito dos trabalhadores urbanos e rurais o “salário mínimo fixado por lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e as de sua família, com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo”.
O Brasil classificado como a oitava economia que mais produz riquezas no mundo, está em 75º lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e tem uma das dez piores distribuições de renda do planeta.
É prioritária a luta pelo aumento do salário mínimo, de acordo com o que determina a Constituição Federal. Para isso é necessário desmascarar toda essa cúpula traidora das centrais sindicais e os oportunistas de plantão do governo que perpetuam o arrocho salarial.
2 – Já para os interesses dos bilionários o governo tem outra política. Para agradar e atender os ricaços acionam o Banco Central, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, etc.. Apenas para o ricaço Silvio Santos o governo Luiz Inácio concedeu a mamata de 2 bilhões e 500 milhões de reais, mais 750 milhões de reais, de recursos oriundos de fundo controlado pelo Banco Central e Caixa Econômica Federal, respectivamente.

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